Somente em relação ao pêssego de mesa, a região é a maior produtora brasileira. O diferencial do produto, segundo o engenheiro agrônomo Enio Ângelo Todeschini, assistente regional em Fruticultura da Emater Região Caxias do Sul, é a qualidade, com polpa branca, que solta facilmente do caroço, e o aspecto crocante da fruta. Na safra passada, os 56 municípios da região colheram mais de 680 mil toneladas na soma das seis culturas, número que deve se repetir nesta colheita, levando-se em conta os altos e baixos de cada fruta.
Para quem investe em tecnologia na fruticultura, é mais complicado que as mudanças climáticas possam atrapalhar o desenvolvimento e a qualidade da safra. Na propriedade dos irmãos Ari, Ibanes e Darci Scariot, a plantação de pêssego, maça e ameixa sofreu pouco com a estiagem de novembro, por conta da irrigação nos pomares.
Na área de 15 hectares plantados, em Caravaggio da 6ª Légua, os irmãos tiveram uma colheita satisfatória, um pouco acima da registrada no ano passado. Os oito hectares de pêssego renderam cerca de 150 toneladas da fruta. Já a ameixa, que ocupa quatro hectares, rendeu 30 toneladas, e a maçã, plantada em três hectares, chegou a 50 toneladas.
Na região, a colheita do morango também está em fase final. O caqui plantado nas regiões mais baixas e mais quentes, como em Vale Real, está em fase inicial de colheita, assim como o figo. No caso da maça, as variedades super precoces já estão em fase de colheita, principalmente as cultivadas em áreas como Vale do Caí e Vale das Antas.