De acordo com o executivo, o cenário dos grãos se desassociou dos problemas da economia global, o que é característico de um mercado altista que está sendo sustentado por questões de oferta. Para ele, a pressão de alta sobre os preços deve permanecer, já que a China não mostra sinais de desaceleração em sua demanda por cereais.
Basse afirmou temer que as condições climáticas desfavoráveis permaneçam no próximo ano, o que pode influenciar a direção dos preços.
– Como resultado de restrições do mercado da antiga União Soviética, a América do Norte deve abastecer os países importadores na primeira metade de 2013. Já a América Latina ficará com o período posterior – avaliou.
O analista advertiu que as licenças de exportação da União Europeia estão crescendo rapidamente, o que limita a oferta destinada a países importadores de trigo de fora do bloco. Para ele, as exportações devem diminuir, principalmente porque os estoques de países da antiga União Soviética se aproximam do esgotamento.
A oferta dos Estados Unidos e Canadá deve influenciar preços do trigo na primeira metade de 2013, já que o trigo soft de inverno dos EUA é o mais barato do mundo, destacou Basse.