A produção brasileira de grãos deve chegar ao recorde de 209 milhões de toneladas, o que representa aumento de 0,6% em relação à safra passada. Os números foram anunciados nesta quinta-feira, dia 7, pelo diretor de Política Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), João Marcelo Intini, e pelo secretário interino de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcelo Cabral, em Brasília.
O grande destaque continua sendo a soja, que deve atingir 98,9 milhões de toneladas (2,9 milhões a mais do que no ciclo anterior). Isso se deve ao aumento de 3,2% da área plantada.
A produção do milho primeira safra reduziu 8,5%, com estimativa de 27,5 milhões de toneladas, mas a segunda safra cresceu 4,7% e deve alcançar 57,1 milhões. No balanço total da produção de milho, verifica-se que a colheita é semelhante à da safra 2014/2015 e deve atingir 84,7 milhões de toneladas.
O feijão primeira safra recuperou a produtividade.
O reflexo disso está no incremento de 62,6 mil toneladas. A produção deve chegar a 1,2 milhão de toneladas, apesar da queda na área plantada. No caso do arroz, houve uma quebra de 10,2%. Os motivos estão na área de menor plantio e no excesso de chuvas no Sul do país.
O 7° levantamento da Conab aponta também que a área plantada deve alcançar 58,5 milhões de hectares, crescimento de 0,8% em relação à última safra. A soja é responsável por mais de 56% da área cultivada do país, com previsão de crescer 1 milhão de hectares.
Em relação à estimava do mês passado, a safra sofreu uma redução de 0,6% por causa de problemas climáticos na fase final das culturas. O principal motivo é a soja, que sofreu com a seca, sobretudo no Matopiba – região que compreende partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
A queda em relação ao levantamento de março é de cerca de 2,2 milhões de toneladas.