Segundo Santos, a quebra da última safra ainda não foi consolidada, mas a estimativa é de 25% de queda em relação aos 300 milhões de caixas ? de 40,8 quilos ? colhidos no ciclo 2008/2009. A redução foi causada, principalmente, por causa da seca e de pragas.
Com a demanda maior do que a oferta, influenciada também pela quebra em outros mercados produtores, o preço da caixa entregue pelo produtor saltou de R$ 3 no início do ano para cerca de R$ 15 atualmente.
? Se for vender direto para o mercado, o preço está mais do que R$ 23, porque não tem produto ? disse Santos.
Para aproveitar o momento, o setor já elaborou uma agenda estratégica que deve ser apresentada ao Ministério da Agricultura no dia 11 de novembro, na próxima reunião da câmara setorial.
? Se continuarmos tendo um ano de caixas a R$ 15 e outro a R$ 3, o produtor não agüenta ? afirmou Santos.
Segundo ele, o setor está consciente de que para avançar é preciso ter mais transparência por parte de todos.
A indústria de sucos responde por quase 30% da produção de laranjas. São Paulo, que detém aproximadamente 80% da produção nacional, tem 17 mil produtores. Segundo Santos, a próxima safra está vendida a preços entre R$ 11 e R$ 15 a caixa.