As araucárias estão carregadas de pinhas, prontas para a colheita. No entanto, a espécie está ameaçada de extinção e, por isso, a época de coleta é limitada. Até ano passado, a temporada começava dia 15 de abril. Para atender as exigências dos produtores, a colheita foi antecipada em duas semanas este ano. Com isso, a expectativa é de um maior volume de produção.
Em Painel, na serra catarinense, um dos municípios que mais produz a semente, a colheita está acelerada. A expectativa é colher cerca de três mil toneladas, cerca de 10% a mais que no ano passado. Na propriedade de Mauro Branco, a safra deve render mais de seis toneladas. E a procura pela semente já está sendo grande. Segundo ele, a venda está garantida.
Santa Catarina é um dos principais produtores de pinhão do país, com uma média de 12 mil toneladas por ano. Nesta safra, o número deve ser 15% maior. Além das condições climáticas favoráveis e da antecipação da colheita, o comportamento natural da araucária também é um fator que fará desta safra a melhor dos últimos três anos.
Apesar da boa oferta de pinhão, os produtores vão conseguir um preço semelhante ao do ano passado, entre R$ 1,50 a R$ 2,00 o quilo. Agora, o desafio é agregar mais valor ao produto.