No Agroexport desta semana, o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, ressaltou que o clima é um fator crucial para determinar a safra e o potencial de exportação do açúcar. Atualmente, a Índia enfrenta problemas climáticos, enquanto o Brasil vive o momento de colheita de uma safra recorde de cana de açúcar, resultando em uma exportação com possibilidade de superar os números de anos anteriores.
A trajetória de exportações de açúcar mostra uma tendência de crescimento significativo. Em 2019, o Brasil exportou cerca de 17,8 milhões de toneladas, número que aumentou para 27,25 milhões de toneladas em 2022. Até a terceira semana de julho de 2023, foram exportadas 13,2 milhões de toneladas, gerando uma receita cambial de aproximadamente US$ 6,27 bilhões.
As projeções para o fechamento dos primeiros sete meses de 2023 indicam que as exportações podem atingir entre 14 e 15 milhões de toneladas, demonstrando um potencial de superar o ano de 2020, quando foram exportadas 30 milhões de toneladas de açúcar.
A boa notícia para o setor açucareiro é a valorização do produto no mercado internacional, impulsionada pelas adversidades climáticas enfrentadas por outros fornecedores, como a Índia. O Brasil já comercializou toda a produção de açúcar da safra de 2022/2023 e estima-se que 40% da próxima safra, de 2023/2024, já esteja vendida. Essa alta demanda tem refletido positivamente nos preços, resultando em uma média de US$ 73 por tonelada em 2023, em comparação aos US$ 290 por tonelada em 2019.
Com preços elevados e uma demanda robusta, o setor sucroalcooleiro do Brasil vislumbra uma excelente oportunidade para os produtores de açúcar. A oferta e a demanda favoráveis têm impulsionado a rentabilidade do produto no mercado internacional, promovendo perspectivas positivas para o setor.
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