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Safra recorde é importante para o crescimento do país, reconhece Dilma

Segundo presidente, liderança mundial na produção de soja mostra a força da agricultura brasileira, o que é importante também para o saldo da balança comercialA presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda, dia 17, que a produção brasileira de grãos será recorde em 2014 e deve atingir mais de 193 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

>> Dilma abre colheita da safra de grãos em Mato Grosso

– O Brasil vai alcançar, com esse recorde, a liderança mundial na produção de soja, mostrando a força da agricultura brasileira, o que é muito importante para o crescimento do país, também para o abastecimento interno, para as exportações brasileiras e, assim, para o saldo da balança comercial – afirmou.

No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma informou que a safra recorde de 2013/2014 é o resultado do esforço conjunto dos produtores, do desenvolvimento de novas tecnologias para o campo e do apoio dado pelos programas do governo aos agricultores.

– Nós colocamos R$ 136 bilhões à disposição dos médios e dos grandes produtores rurais para a safra 2013/2014. Nós colocamos também R$ 21 bilhões para a agricultura familiar – disse.

Segundo a presidente, dos R$ 136 bilhões para o agronegócio, mais de R$ 91 bilhões de crédito já foram contratados pelos produtores. Ela destacou que houve um aumento de 50% em relação ao que foi contratado no mesmo período de 2012.

Dilma ressaltou que foi possível alcançar esse resultado porque o governo, além de aumentar o crédito, reduziu os juros e ampliou os prazos do financiamento. Ela lembrou o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Modefrota), que permitiu uma verdadeira transformação na agricultura por meio do crédito barato para a compra de máquinas mais modernas.

A presidente informou que apenas os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de outros fundos para a compra de máquinas e equipamentos já somam R$ 8,7 bilhões ainda na metade da safra. De acordo com ela, 83 mil máquinas agrícolas foram vendidas no ano passado, um crescimento de mais de 18% em relação a 2012.

– Nas últimas duas décadas, nossa produção de grãos aumentou 221%, enquanto a área plantada cresceu 41% – relatou.

Dilma disse que o governo tem um programa específico para os médios produtores, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

– Para financiá-los, nós colocamos mais de R$ 13 bilhões de crédito com juros reduzidos. Baixamos os juros de 5% para 4,5% ao ano e ampliamos os limites de financiamento – ressaltou.

Segundo ela, R$ 9,3 bilhões de crédito já foram contratados pelos médios produtores nesta safra.

– Um terço desse crédito foi usado na compra de máquinas e na melhoria das propriedades – disse.

Para apoiar os agricultores na adoção de práticas sustentáveis de produção, Dilma destacou que foi criado o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) que, nesta safra, já tem R$ 4,5 bilhões disponíveis.

-Com o Programa ABC, os agricultores têm crédito em condições muito favoráveis: juros de 5% ao ano e prazos de pagamento entre cinco e oito anos – afirmou.

Os objetivos do programa são diminuir a emissão de gases de efeito estufa, preservando os recursos naturais, e elevar a produtividade da agricultura.

Sobre o armazenamento da produção, a presidente informou que o governo tem uma linha de crédito de R$ 25 bilhões para financiar a construção de armazéns privados nos próximos cinco anos.

– Além disso, estamos investindo R$ 500 milhões na construção e na modernização dos armazéns públicos. O nosso objetivo é dobrar a capacidade de estoque da Conab, principalmente nas regiões estratégicas para o abastecimento do país – assegurou.

Com relação ao escoamento da safra, Dilma ressaltou que o governo está investindo em rodovias, ferrovias, hidrovias e nos portos.

>> Bancada Rural debate escoamento da safra 2013/2014

– Nosso próximo passo é fazer a concessão do trecho entre Sinop (MT) e o porto de Miritituba, no Pará. Com isso, os portos da região Norte passam a ser uma grande alternativa para o escoamento da produção, desafogando os portos de Santos, em São Paulo, e de Paranaguá, no Paraná – garantiu.

Ela lembrou ainda que o modelo de concessões adotado para as rodovias garante a duplicação de, pelo menos, 10% da rodovia antes do início da cobrança do pedágio.

– Nós exigimos que toda a obra de duplicação seja feita no prazo de cinco anos para beneficiar rapidamente os produtores e os consumidores. A gente garante, assim, a infraestrutura necessária para o transporte da safra com muito mais rapidez e segurança, o que ajuda a diminuir o chamado Custo Brasil – disse.

De acordo com a presidente, a prioridade do governo é fazer a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que terá 880 quilômetros, ligando Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, a Campinorte, em Goiás, onde se integrará à Ferrovia Norte-Sul.

– A Fico vai contribuir para uma verdadeira transformação logística de nosso país – afirmou.

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