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Safra da soja em MT já está R$ 1 bilhão mais cara

Produtores ainda precisam despender R$ 12,72 bilhões em insumos, diz ImeaA safra de soja 2015/2016 em Mato Grosso já gerou um impacto financeiro de R$ 1 bilhão nos gastos totais dos produtores, além de elevar os custos com insumos em 6,36% em relação à temporada passada. Os cálculos são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Fonte: Canal Rural

Os insumos necessários para a formação da lavoura representaram, em média, 58% dos custos totais de produção nas últimas três safras. Nesta temporada, os agroquímicos tiveram uma participação de 53,3% no impacto total, seguido por fertilizantes (29,42%) e sementes (17,29%).

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Entre os motivos apontados pelo Imea para o encarecimento da próxima safra de soja está a demora do governo em liberar os recursos para o pré-custeio. Segundo o presidente do Sistema Famato/ Senar, Rui Prado, se não houvesse o atraso, os produtores teriam comprado 69,5% dos insumos até abril, e não apenas 22,3%.

A conjuntura econômica do Brasil é outro fator pesando na safra de soja mato-grossense, principalmente a valorização do dólar. Em março, quando começa a comercialização dos insumos para a próxima temporada, o câmbio registrou valorização de 11,5%.

• Veja também: Brasil deve colher 95,5 milhões de toneladas na safra 2014/2015, projeta Safras & Mercado

Com apenas quatro meses até o início da safra 2015/2016, os produtores ainda precisam desembolsar R$ 12,72 bilhões para a compra de insumos. No período passado, o montante era 334,6% menor, em R$ 3,8 bilhões. 

Outros fatores também têm contribuído para os produtores rurais de Mato Grosso terem mais cautela na definição da próxima safra. Entre eles está a alta cambial ocorrida nos últimos meses, motivada pelas políticas governamentais, e a insegurança por parte dos investidores que contribuiu para a elevação dos custos dos insumos, cujos preços são fixados em dólar.

– Um dos principais direcionadores para o atraso foi o cenário do mercado econômico que não está favorável aos produtores. A taxa de juros, a Selic subiu e isso impactou em algumas negociações do agronegócio. Os preços da soja já estão menores e mesmo que o dólar segure os preços a um patamar razoável, isso não deverá cobrir os custos. A junção da falta de crédito mais o cenário negativo fez com que a comercialização de insumos freasse no Estado – avalia o gestor de Projetos do Imea, Daniel Latorraca.

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