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Saiba como garantir que o vazio sanitário seja mais eficaz

Lembrando que os principais estados produtores da oleaginosa iniciam o método de precaução no dia 15 de junho

Sebastião Garcia, de Diamantino (MT)
A safra de soja 2016/2017 já foi finalizada, pelo menos a parte agrícola, já que a comercialização ainda deve se estender até o final do ano. Além de estarem atentos a comercialização, os produtores já começam a pensar na próxima temporada, que começará a ser semeada em setembro. Mas, antes disso algo fundamental para o bom andamento das lavouras deve ser observado, o vazio sanitário e alguns cuidados para que ele funcione bem.

Em Mato Grosso, o vazio sanitário da soja começa no dia 15 de junho e termina em 30 de setembro. Esse intervalo serve para que não haja a chamada “ponte verde” entre os plantios das safras de inverno e verão diminuindo a incidência do fungo que causa a ferrugem asiática. “Foi imprescindível a instituição do vazio para que a gente pudesse manter a sustentabilidade da cultura”, explica Roseli Giachini, coordenadora da Comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT.

Neste período ninguém pode plantar soja no estado. Nem deixar que a planta nasça ou se desenvolva, mesmo na beira da estrada. Mesmo faltando quase um mês para o inicio do período de vazio, segundo a entidade, os produtores de soja devem começar a se preocupar desde já com ele. “Se o produtor faz a cobertura do solo com milheto, crotalária e algumas pastagens, é importante notar se há soja guaxa no meio e erradique o quanto antes, para não ter que correr na hora, ou tentar controlar depois”, explica Roseli.

Veja o calendário completo:
Confira o período de vazio sanitário na sua região

O jovem produtor Mateus Henrique Mendes França toca a fazenda da família no município de Diamantino (MT), há menos de 200 quilômetros de Cuiabá. Com o pai ele planta soja e milho na área de pouco mais de mil hectares. Mendes França conta que quando chegou para trabalhar nesta região, há uns quatro anos, percebeu que alguns produtores não queriam adotar o vazio sanitário. Estavam mais interessados em plantar a soja safrinha. Mas, a situação mudou muito de uns tempos para cá. Até porque esse cuidado trouxe resultado para o bolso deles, com redução de custos.

Para se ter uma ideia, na ultima safra produtor de Diamantino fez só duas aplicações de fungicida contra a ferrugem., antes eram mais de cinco. Ainda aparece um ou outro foco da doença, mas muito menos do que antes. “Com isso, preservamos também as tecnologias existente para controle. Sabemos da dificuldade das empresas em lançar novas moléculas. Então hoje, normalmente com duas aplicações de fungicidas, você livra a área da doença”, diz Mendes França.

Nesta última safra, 2016/2017, aconteceu um fator interessante na propriedade deste produtor e também em sua região. Choveu bem durante a safra e em tese, com mais umidade, maior a incidência do fungo da ferrugem. Mas, não foi o que aconteceu. Certamente por causa do vazio sanitário bem feito. “Este foi o ano mais chuvoso dos últimos quatro ou cinco anos e não tivemos problemas graves. Tem sempre algum foco por ai, mais já no final da safra”, conta ele.

O vazio é uma estratégia de manejo contra a ferrugem asiática, mas não tem como garantir que a doença não vá aparecer.O período do vazio vai de 60 a 90 dias. Cada estado determina como deve ser feito. Em Mato Grosso, uma lei instituiu também o calendário de plantio e de colheita. Por lá, os sojicultores devem plantar de 16 de setembro a 31 de dezembro. E colher no máximo até o dia 5 de maio. Quem tá fazendo direitinho, só vê vantagens. “A safrinha de soja não era uma coisa boa, não rendia bem. O que vale é o resultado econômico final, então eu acho que o vazio ajudou a maioria dos produtores”, reitera Mendes França.

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