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Saiba como a lentidão nas vendas antecipadas de soja pode prejudicar seu negócio

Especialista explica porque segurar as negociações não é a estratégia certa e como isso pode afetar a rentabilidade no final das contas

Daniel Popov, de São Paulo
A comercialização antecipada da safra 2017/2018 de soja do Brasil está bem mais lenta este ano, conforme relatório da consultoria Safras & Mercado, com dados recolhidos até o dia, 11 de setembro. A razão, segundo analistas é justamente os preços baixos praticados no mercado futuro da Bolsa de Chicago. Entretanto, a movimentação vai além do que se pode observar e em longo prazo pode trazer problemas para os produtores brasileiros.

A consultoria estima que a produção brasileira de soja será de 113 milhões de toneladas na temporada 2017/2018. Deste total, 11,3% já foi comercializada, ou seja, 12,7 milhões de toneladas.  No ano passado, no mesmo período, os produtores brasileiros já haviam negociado 20% do total. E na média histórica 21%.

Abertura do plantio da soja 2017/2018

O Estado de Mato Grosso é o mais avançado neste quesito até o momento, com 15%, das 31,4 milhões de toneladas de soja projetadas, já negociadas. No ano passado, na mesma data, 27% já estavam negociadas, contra uma média histórica de 26%.

Veja a notícia completa no Blog da apresentadora Kellen Severo
Safra 2018: Venda antecipada de soja é a menor da média histórica

O Estado de Mato Grosso é o mais avançado neste quesito até o momento, com 15%, das 31,4 milhões de toneladas de soja projetadas, já negociadas. No ano passado, na mesma data, 27% já estavam negociadas, contra uma média histórica de 26%.

Os que menos negociaram até agora são o Rio Grande do Sul e São Paulo, com 6% cada um. No ano passado estes estados haviam negociado 12% e 13% respectivamente, valores praticamente iguais aos da média histórica.

Impacto nos negócios

Há algum tempo muitas consultorias e especialistas estão alertando os produtores sobre a necessidade de aprimorar os métodos de comercialização. Segundo Luiz Fernando Gutierrez, analista da Safras & Mercado, vender a soja quando o preço compensa não é uma forma válida de negociação.  “É preciso entender que se deixar para vender só quando o preço estiver melhor, é um risco muito alto. Porque se o preço não subir o produtor vai vender a qualquer valor? Toda a produção? Ou vai ficar esperando mais? Nós já sabemos a resposta”, diz.

O ideal é ir negociando a safra aos poucos, garante Gutierrez. Um preço ruim hoje, pode ser compensado com um melhor amanhã, fazendo na verdade um ganho médio na soja. “Exemplo: se eu vender parte da minha soja a R$ 60 por saca hoje, que é um valor baixo e conseguir negociar outra parte a R$ 70 em dezembro, que é bom para os valores atuais, conseguirei uma média de R$ 65 por saca, que não é tão ruim assim”, conta ele.

A importância de se fazer esta média é justamente pelos riscos de queda de preços da oleaginosa. Hoje, os fatores existentes no mercado mostram que os valores do grão não tem como subir tanto. Primeiro porque a safra americana terá um novo recorde de 120 milhões de toneladas, aliado aos estoques deles de passagem que também é grande. O Brasil irá ampliar a área com soja e possivelmente terá uma safra grande novamente, também aliado a um estoque recorde.

“Estes fatores mostram que a oferta de soja será ainda maior nesta temporada, e por mais que pareça que os valores já estão baixos hoje, tudo indica que eles têm fatores para cair ainda mais“, afirma Gutierrez. “Daqui a pouco os americanos voltarão ao mercado vendendo tudo e derrubando preços. Como fizeram na safra passada. O produtor ainda tem esta lembrança na cabeça, precisa fazer algo para mudar.”

O analista recomenda que os produtores não retardem as vendas, tentem travar pelo menos os custos antecipadamente, e depois, com a média vão melhorando suas rentabilidades. Tentem vender de 20% a 30%, pelo menos da safra. Travar o dólar a R$ 3,20 também é uma boa, assim o produtor tenta minimizar os riscos de que o câmbio recue mais ainda”, diz.

O próprio presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), Marcos da Rosa, durante o 2º Fórum Soja Brasil deste ano, afirmou que ele mesmo agiu errado em sua comercialização e se arrependeu. “Eu fui burro, fiquei esperando e perdi a chance de vender. O melhor é ir negociando e fazendo esta média, pois assim, no conjunto final, a rentabilidade virá”, afirmou Da Rosa.

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