Os custos com a manutenção das máquinas da propriedade é um fator importante a cada safra, entenda como melhorar e economizar neste quesito
Muito se fala sobre a redução dos custos de produção nas propriedades, como forma de melhorar a rentabilidade. E um fator é quase sempre deixado de lado nas planilhas de gastos: a manutenção das máquinas agrícolas, que apesar de ser constante, pode ter uma variabilidade nos valores muito grande, dependendo de como é feita. Por isso, é importante fazer a manutenção corretamente, de preferência por profissionais treinados da própria fazenda e relatar estes custos em suas planilhas para ter o controle adequado dos gastos.
Na fazenda do produtor Luciano Muzzi Mendes, em Maracaju, Mato grosso do Sul, o custo com manutenção de equipamentos está mais alto nesta safra, seguindo a tendência dos demais itens como os insumos. Segundo as contas do próprio agricultor, os gastos saltaram de R$ 180 por hectare, na safra 2015/2016, para pouco mais de R$ 230 por hectare nesta temporada. “Descobrimos que, até o momento, os equipamentos que tem apresentado maiores gastos por safra são as colheitadeiras”, conta Mendes.
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Nem todos os produtores estão atentos a estes custos, apesar de não serem valores fixos, são gastos recorrentes, mas Mendes, formado em agronomia, sabe como é importante registrar tudo. Na fazenda herdada, ele trabalha com metas ambiciosas: aumentar a produtividade da soja para 70 sacas por hectare em cinco anos e chegar a 80 sacas em dez anos. “Na verdade, precisamos aumentar a produtividade, sem necessariamente aumentar os outros custos que não são os insumos”, diz Mendes.
Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Juliano Schmaedecke, uma boa saída para reduzir os custos com as máquinas é trazer a qualificação em manutenção para dentro da propriedade. “Vejo que hoje é preciso trazer esta qualificação para a propriedade. Com isso, o pessoal terá um melhor nível de manutenção nas colheitadeiras, tratores e plantadeiras e consequentemente reduzir os custos”, afirma Schmaedecke.
Para ajudar os produtores o Sindicato está apostando em um trabalho para reduzir os custos dos produtores neste quesito de manutenção, cursos de capacitação. No caso das máquinas, isso tem uma relação direta com a redução de custos. Em Maracaju, 3600 pessoas fizeram os cursos do Senar no último ano, sendo que 40% foram de operadores de máquinas.