Santa Catarina assina convênio para estimular plantio de milho e feijão após colheita do tabaco

Objetivo é a diversificação da produção, utilização de técnicas preservacionistas e melhoria da rentabilidade da propriedade do agricultor familiarNesta sexta, dia 2, em Florianópolis (SC), o secretário adjunto da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina (Epagri), Airton Spies, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetaesc), Joãozinho Althoff e o diretor da Souza Cruz, Dimar Frozza, assinaram convênio de suporte ao programa Plante Milho & Feijão Após a Colheita do Tabaco.

O convênio visa estimular a diversificação da produção, a utilização de técnicas preservacionistas e a melhoria da rentabilidade da propriedade do agricultor familiar.

? Nas propriedades agrícolas familiares a disponibilidade de terra é fator escasso, por isso seu uso intensivo e racional é importante para a geração de renda. O plantio de milho e feijão em sucessão após o fumo aumenta os lucros do produtor e contribui para a melhoria de qualidade de vida no campo ? afirma o secretário estadual da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues.

Constatando o potencial das lavouras em relação ao melhor custo-benefício, a Fetaesc, desde 2007 vem multiplicando sementes de milho variedade e disponibilizando aos agricultores a preço de custo. Para essa safra já foram comercializadas 100 toneladas de milho, no valor de R$ 42 a saca de 10 quilos. Em cinco anos, foram comercializados 530 mil quilos de sementes e estima-se uma redução de R$ 38 milhões no custo de produção nas lavouras de milho dos agricultores familiares de Santa Catarina.

? A expansão da parceria com a iniciativa privada, além do governo do Estado, é uma prova de que o Programa de Sementes de Milho Variedade da Fetaesc é excelente alternativa de sustentabilidade para a pequena propriedade e evidencia a qualidade das sementes desenvolvidas pela Epagri ? disse Joãozinho Althoff, afirmando que buscar opções de renda para o agricultor familiar também é missão da Federação.

Já a Souza Cruz, que conta atualmente com cerca de 40 mil agricultores em sua cadeia produtiva, incentiva o plantio desse tipo de milho após a lavoura de tabaco como forma de racionalizar o uso dos recursos da propriedade através do plantio direto com o aproveitamento da adubação residual do cultivo do tabaco.

A empresa já desenvolve desde a década de 1980 o programa junto a seus produtores integrados nos três Estados da região sul. Agora, o programa ganha a parceria da Fetaesc e deve atingir cerca de 7,5 mil agricultores em todo o Estado de Santa Catarina. Assim, nesta safra, o selo de identificação do programa está estampado nas embalagens de sementes de milho da Fetaesc.

? O convênio é um reconhecimento das boas práticas da Souza Cruz, já que há mais de 25 anos a empresa conta com programas de incentivo ao plantio de milho e feijão após à safra do tabaco. A expansão dessa prática apenas reforça esse compromisso da Souza Cruz com a cadeia produtiva e com os produtores de tabaco ? destaca o diretor da Souza Cruz, Dimar Frozza.