Estas foram as decisões da missão da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) na Ásia, depois dos encontros realizados ontem. Na parte da manhã, os empresários visitaram a Singapore Furniture Industries Council (SFIC), associações dos moveleiros locais.
Segundo o presidente da entidade, Andrew NG, a integração com Santa Catarina passa pela maior participação na feira do setor, realizada sempre em março. A exposição contou, na última edição, com 471 expositores de 33 países ? 80% das nações que compõem o Asean, mercado comum asiático, e 20% internacionais ? e reuniu 15 mil visitantes de 118 países.
? A única empresa catarinense presente ao nosso evento participa há nove edições. Se eles estão fazendo negócios é porque há oportunidades de negócios ? afirmou.
O presidente da Fiesc, Alcantaro Côrrea, sugeriu uma missão da SFIC ao Brasil, e garantiu que a federação vai incentivar a participação de mais catarinenses na feira do próximo ano. Andrew concordou em organizar uma delegação para visitar SC.
Preocupação é grande com possível desabastecimento
A comitiva catarinense foi recebida por diversos importadores cingapurianos de carnes congeladas na reunião com a Meat Traders Association (MTA), associação de comércio de carnes do país. Lá, a missão da Fiesc ouviu que a principal preocupação do setor é que, com o retorno das exportações de carne suína para a Rússia, o mercado de Cingapura seja deixado de lado pelas agroindústrias catarinenses.
? Queremos aumentar nossas importações, tanto de frango quanto de carne suína. Mas não temos fornecimento constante ? disse o diretor da MTA, Johnson Oh.
Segundo ele, embora tradicionalmente o mercado asiático prefira carne fresca, o consumo de produtos congelados aumentou muito nos últimos 10 anos. O consumo per capita, hoje está em 33 quilos, cresceu 60% em uma década. No ano passado, houve aumento de 25% na importação de carne de frango (80% de SC e o restante do RS). E a expectativa é de aumentar ainda mais este ano.
Os principais gargalos são a ausência de credenciamento das empresas brasileiras (apenas as principais se submetem aos relatórios exigidos) e a inconstância no abastecimento, já que qualquer melhoria em outros mercados significa redução do fornecimento para Cingapura.