O projeto original previa de R$ 141 milhões para o combate às enchentes em Santa Catarina, sem citar a estiagem ou outro desastre natural, mas uma das emendas do dividiu os recursos da Defesa Civil, de R$ 193 milhões, entre enchentes e seca no Oeste.
O projeto aprovado prevê R$ 60 milhões para o combate à seca no interior do Estado, enquanto R$ 133 milhões serão destinados às cheias. O resultado é que, dos R$ 141 milhões prometidos pelo governo estadual para a prevenção das enchentes, serão subtraídos R$ 8 milhões.
— No projeto inicial não havia nenhum recurso destinado especialmente para o combate à seca, mas apenas para o combate aos desastres climáticos de maneira geral. Entendemos que a situação das cheias merece preocupação, mas também apontamos que o Oeste sofre muito com a seca e, por isso, fizemos essa alteração na distribuição do dinheiro — afirmou o deputado Marcos Vieira (PSDB), presidente da Comissão de Finanças e Tributação.
A intenção, ainda de acordo com o deputado, é de que aproximadamente 40 mil propriedades rurais da região sejam beneficiadas com o programa, que será coordenado pela Defesa Civil, em conjunto com a Secretaria de Estado de Agricultura e a Epagri.
Açudes serão prioridade
A notícia de que o governo do Estado destinará R$ 60 milhões do BNDES para obras de combate à estiagem repercutiu bem entre lideranças do Oeste. O secretário de Agricultura, João Rodrigues, disse que uma das prioridades da pasta será a construção de açudes e cisternas, pois são ações que deram bom resultado nessa estiagem.
— Vamos investir em armazenagem de água — disse o secretário.
As famílias que guardaram água da chuva praticamente não tiveram problema de falta de água. Cada cisterna custa cerca de R$ 20 mil a R$ 30 mil. O governo do Estado já paga o valor do juro para famílias que fazem o financiamento para esse fim. Mas, com o recurso do BNDES, essa medida será intensificada.
Outra medida a ser adotada, segundo o secretário, é investimento em redes de água e irrigação. Ele afirmou que a forma de viabilizar a aplicação de recursos e quanto será investido em cada ação ainda vai passar por avaliações dos técnicos da secretaria e outros órgãos do governo.