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Santa Catarina testa cobertura de parreirais com teto de plástico

Iniciativa, que aumenta segurança contra mau tempo, exige investimento altoProduzir uva não é mais como antigamente. Hoje, tem parreirais recebendo até cobertura para que as frutas não sofram com granizo, chuva e vento. Tudo para que os cachos cresçam com todo o potencial e beleza. Um dos pioneiros da técnica em Santa Catarina é o produtor Elton Werlang, de Chapecó. Ele investiu R$ 40 mil neste ano para cobrir 1,7 mil pés, de um total de 7 mil parreiras. A área protegida é das variedades de mesa, Rainha Itália e Alphonso Lavalle. São as espécies em que ele consegue mel

Werlang resolveu implementar o sistema de cultivo protegido, levado da Serra do Rio Grande do Sul, após o prejuízo que teve no ano passado. Ele pretendia colher 1,2 tonelada de uvas de mesa. Mas, como houve excesso de chuva no final de janeiro e no início de fevereiro, colheu apenas 200 quilos. Agora, com a nova técnica, espera colher três toneladas na mesma área. Isso deve ajudar a aumentar a produção total de 15 para 20 toneladas.

Werlang explica que a cobertura com o plástico transparente já trouxe vantagens, como evitar que os brotos da parreira estragassem com o vento. Além disso, o teto protegeu as plantas de uma chuva de granizo. Outra vantagem é a redução de 70% na aplicação de fungicidas. Como a planta fica protegida, não recebe a chuva diretamente. E a menor umidade evita a proliferação de problemas como mofo e antracnose, que são aquelas pintas na casca da uva.

Ele afirma que o custo é alto e por isso vai levar duas safras para pagar o investimento. A durabilidade do plástico é de quatro anos. Mas o retorno vai compensando à medida em que o parreiral vai aumentando a produtividade pelo benefício do sistema.

O responsável pela área de fruticultura da Epagri, Gilberto Barella, diz que está pesquisando um parreiral com cobertura em Cordilheira Alta. Também há algumas iniciativas pontuais com produtores de Coronel Freitas, Descanso, Mondaí e no Meio-Oeste. Barella confirma que o sistema é caro, mas dá resultado. Um dos fatores a ser pesquisado é que a safra deve antecipar em pelo menos uma semana. Também há indícios da necessidade de irrigação dos pés nos períodos mais secos.

O engenheiro agrônomo da Epagri Eduardo Brugnara reconhece que a técnica reduz a incidência de doenças, mas, por seu custo, deve ser utilizada somente em frutas que tenham melhor valor de mercado.

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