Neste domingo (25), é comemorado o Dia do Feirante, celebrando a importância das feiras livres, uma tradição em em diversas cidades do Brasil. São Paulo, que deu início à primeira feira livre do país, hoje conta com 960 feiras apenas na capital, gerando aproximadamente 70 mil empregos. Esses eventos não apenas trazem produtos frescos do campo para os grandes centros urbanos, mas também criam conexões e fortalecem laços comunitários.
“Às vezes estamos descontraídos, e a feira é assim mesmo. A gente brinca que a fruta é joia, o abacaxi é doce. É uma forma de atrair os clientes”, compartilhou Milton Soares dos Santos, que tem 40 anos de experiência como feirante.
O trabalho do feirante é semelhante ao do produtor rural: faça chuva ou faça sol, ambos precisam acordar cedo para levar produtos frescos à mesa da população. Dona Judite Barros, de 83 anos, exemplifica essa dedicação. “Tenho cliente que eu vi nascer, já casou e traz os filhos para mim ver. Graças a Deus sou feliz. Levanto 1 hora da manhã e não tem hora para chegar nem para sair”, conta ela, que atua em feiras há 45 anos.
História das feiras livres
A história das feiras livres em São Paulo começou em 1914, quando a cidade enfrentava uma crise no abastecimento de frutas e verduras. Desde então, as feiras se tornaram um símbolo da cidade, movimentando a economia local e colaborando para hábitos alimentares mais saudáveis.
As feiras são geridas pelos municípios e, segundo os feirantes, uma das principais demandas é por maior reconhecimento oficial. “O que a gente pede é que a feira se torne lei. Hoje, ela é apenas um decreto. Se virar lei, ganhamos mais força e reconhecimento, para que a alegria nunca saia daqui”, afirmou Katia Mourão, diretora de Comércio Varejista no Sindicato dos Feirantes de São Paulo.
Com humor e determinação, os feirantes enfrentam desafios diários como acordar cedo, carregar peso e manter o bom humor, mesmo com clientes pedindo descontos. Eles são celebrados pela sua resiliência e pela importante contribuição que fazem para a sociedade.