Alertas foram dados pela Fundação ABC ao Consórcio Antiferrugem; segundo pesquisador, número está dentro do esperado
Rikardy Tooge | São Paulo (SP)
Segundo dados do Consórcio Antiferrugem, São Paulo já registra oito casos de ferrugem asiática em lavouras comerciais. Os municípios afetados fazem parte de uma região que produz cerca de 350 mil toneladas da oleaginosa. As cidades atacadas pela doença são Taquarivaí (três casos); Itaberá (dois casos); Buri; Itapeva; e Itararé.
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Os alertas foram dados pela Fundação ABC, instituição privada localizada em Castro (PR) e que atende cooperativas da região. Segundo o coordenador de Defesa Vegetal da Fundação, José de Freitas, mais dois casos no Paraná devem ser comunicados nos próximos dias. Entretanto, Freitas diz que o número de ocorrências e o período estão dentro da média.
– Pela nossa experiência, está na época (de casos de ferrugem). No momento, não chega a ser preocupante, a maioria dos casos foram no estádio R3 e R4, apenas um caso em R1, que foi em uma soja perene. Historicamente, os casos costumam aparecer em dezembro e estão dentro do esperado – comenta o pesquisador.
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Outro fator que contribui para a proliferação da doença é o clima. O pesquisador da Fundação ABC explica que este ano está mais úmido que 2013, com isso a tendência é que exista mais pressão da ferrugem na região. Por isso, o produtor deve ficar atento.
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– O ambiente está favorável para proliferações, é natural que tenha chance de aumentar (número de casos). Mas temos áreas monitoradas e as aplicações já foram feitas. A pressão nas sojas mais tardias pode impactar – alerta José de Freitas.
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O presidente do Sindicato Rural de Itapeva, Dagoberto Mariano César, segue a mesma linha do coordenador da Fundação ABC e acredita que os casos são poucos e ainda não geram preocupação entre os produtores.
– Acredito que esses casos possam ser descuidos dos produtores, mas são poucos focos ainda. Não é significativo – afirma o dirigente.
Percevejos
Além dos focos de ferrugem, o pesquisador da Fundação ABC, José de Freitas, afirma que o clima está favorecendo a presença do percevejo marrom nas lavouras monitoradas pela instituição.
– Estamos observando um número maior de percevejos nas lavouras, mas ainda sim é preciso de uma grande atenção com a ferrugem – orienta Freitas.
