A expectativa é que as cartilhas sejam distribuídas a partir de março de 2011. O programa pretende viabilizar medidas para resolver o problema da contração da Doença de Chagas por meio da ingestão do açaí contaminado com o parasita do inseto barbeiro.
? Depois que as cartilhas estiverem prontas, vamos formar os consultores. Pode ser que haja resistência dos produtores em aceitar as recomendações, mas precisamos fazer isso ? prevê a coordenadora do projeto pelo Sebrae, Hulda Giesbrecht, analista técnica da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia da instituição.
Para coletar as informações, o Sebrae está ouvindo desde os próprios produtores até entidades tecnológicas, acadêmicos e órgãos como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Entre as recomendações que serão repassadas está a adoção de práticas sanitárias mais adequadas. O produtor será orientado, por exemplo, a manter um plástico embaixo do produto na hora de colher para que ele não caia direto no chão, como ocorre hoje, e tenha contato com a terra. Ele vai aprender ainda a transportar a fruta de forma adequada e a retirar a polpa.
? Temos que garantir a adoção de práticas sanitárias adequadas e com um certo rigor técnico-científico, porém isso tem de ser feito de forma simples, dentro da realidade dos produtores ? afirma Hulda.
A estimativa é que a produção nacional de açaí atualmente seja de 450 mil toneladas, sendo pouco mais de 2% deste volume exportado para outros países.
O PAS é um programa desenvolvido para disponibilizar instrumentos de boas práticas e sistemas de análises e controles, tendo em vista as exigências mais rigorosas dos mercados consumidores, principalmente os externos, que estabelecem rigorosos padrões de segurança e qualidade.