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O produtor Fábio Vasconcelos planta arroz com sistema diferente do convencional. Ele utiliza o método que faz com que a área seja alagada para que a semente seja distribuída. Vasconcelos conta que foi a alternativa do produtor para driblar a seca.
– Nós fazemos o plantio no seco com a terra já nivelada, aplicamos após o nascimento o herbicida especifico. A irrigação deve ocorrer após a primeira cobertura – explica.
Vasconcelos diz que com a escassez de chuva há perigo de o arroz ficar quebradiço, reduzindo o valor do produto. Com medo, o produtor começou a plantar com 20 dias de atraso.
– Começamos a fazer o plantio na nossa propriedade na segunda quinzena, nos últimos dias de agosto. Normalmente fazemos no final de julho nossa região. Em função das poucas chuvas que ocorreram nesse período, agora a gente já tem uma segurança maior pra começar o plantio – conta.
O engenheiro agrônomo Cooperativa dos Produtores de Arroz do Vale do Paraíba, Rodrigo Amadei, diz que a associação tem tentado incentivar o plantio de outras culturas nos 12 mil hectares voltados para a plantação de arroz.
– A cooperativa começa a trabalhar com uma segunda opção para o produtor não depender basicamente do arroz, e poder partir para uma lavoura de milho ou de soja. Temos que nos desenvolver muito. A soja entrou mais devagar, o pessoal não tem tanto conhecimento, tem pouca tecnologia aqui, o solo também não é tão favorável na maioria das propriedades – diz.
Segundo o produto, para quem produz arroz há 25 anos é difícil trocar de negócio.
– Considerando a aptidão natural da região, acho que de imediato é impossível mudar de cultivo. Provavelmente vamos continuar com arroz irrigado por inundação, porém, alternando sistemas de plantio no seco e sistema de plantio pré-germinado. Acho que dá para ser feito e, assim, contornar essa situação de falta de água – conclui.
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