Há um ano não chove o suficiente na região. De novembro de 2013 a novembro deste ano, devia ter chovido pelo menos 1500 milímetros, mas a precipitação não chegou nem a 500 mm.
– Se tivesse voltado a chover na média, o produtor teria tido condições de plantar. O problema é que a janela que vai de 15 de outubro a 15 de dezembro, por o solo estar muito seco, não permitiu que todo o plantio fosse realizado satisfatoriamente; por isso o pessoal está aguardando que a chuva se regularize para terminar o plantio – relata o engenheiro agrônomo José Augusto Maiorani.
Adilson Olivatto, produtor de milho de Monte Mor, a 11 quilômetros de São Paulo, resolveu plantar aos poucos. Na propriedade de 27 hectares, muitas áreas ainda não foram semeadas.
– Mesmo em área irrigada você não consegue fechar o lote porque as represas estão todas baixas. Aí tem que esperar, chovendo e plantando, chovendo e plantando – conta o produtor.
Conforme a experiência de Olivatto, o atraso no plantio pode significar prejuízos lá na frente:
– Um atraso do plantio a gente não consegue tirar a segunda lavoura no ano. Então, a gente já começa com prejuízo.
Na região de Campinas, até o momento, só cerca de 40% da área foi plantada. Quem se arriscou a fazer o cultivo no período convencional perdeu boa parte do trabalho.
– Se o solo não está com volume de umidade suficiente, para pelo menos germinar a semente e manter por um período de sete a 10 dias, ele vai ter problemas. Quem plantou, aproveitou as primeiras chuvas, acabou perdendo o plantio e vai ter que replantar – conclui Maiorani.