De acordo com o diretor-técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, essa nova estimativa de moagem representa uma quebra de torno de 7% em relação ao volume total de cana que se encontrava no campo no início da safra. Segundo a Unica, a falta de chuva está dificultando o acúmulo de biomassa pela planta. Em agosto, por exemplo, a produtividade média do canavial no Centro-Sul deve ficar cerca de 7% abaixo do valor observado no mesmo período da safra passada. A entidade ressalta que o Estado de São Paulo foi a região mais prejudicada.
Em compensação, o clima seco permitiu um avanço na moagem, que resultará em uma antecipação do final da safra. Isso abre a possibilidade de, em algumas áreas, o setor também processar a cana que não completou seu ciclo de desenvolvimento, o que pode levar à perda expressiva de biomassa. Segundo Padua, como o clima seco ainda persiste, caso o histórico de chuvas não seja retomado nos próximos, a perda da safra poderá ser ainda maior.