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Segundo o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba (Afocapi), José Coral, 30 mil hectares deixarão de ser plantados. E mesmo quem plantou vai colher uma cana ruim. Os produtores que optaram por arriscar e fazer a renovação mesmo sem chuvas estão prevendo prejuízos. A estiagem que atingiu a região nos últimos meses impediu o desenvolvimento das plantas. Coral diz que 2013 foi um desastre e os produtores esperam que em 2014 tenha quebra de até 20% na produção. A menos que aconteçam boas chuvas, a situação para o produtor vai piorar.
O momento de instabilidade afetou os planos do produtor José Rodolfo Penatti, que tem uma área de 150 hectares com cana-de-açúcar no município. Até agora, ele não fez a renovação do canavial, que estava programada para o início deste ano. O clima não favoreceu o desenvolvimento da cana; as plantas não cresceram e não tiveram mudas o suficiente para atender a demanda. Isto fez o preço cair muito no mercado e ainda aumentar o custo de produção.
Com essa redução de área de renovação dos canaviais, calcula-se que pelo menos oito milhões de toneladas de cana deixarão de ser moídas. Se transformarmos esse número em álcool, são 480 milhões de litros de etanol a menos. Com essa redução, o impacto no bolso do produtor e do consumidor final pode chegar logo no início de 2015.