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Seca faz hortigranjeiros de Minas Gerais terem aumento de até 120% no preço

Pouca oferta não garante lucro ao produtor rural e expectativa é aumento de área plantada para próxima safraNa Ceasa de Uberaba, em Minas Gerais, alguns produtos tiveram aumento de 120% no preço. Mas nem sempre isso é garantia de lucro para o produtor.

Do céu veio a ajuda que Luiz Rodrigues de Azevedo tanto esperava, a chuva renovou as esperanças do produtor que viu a seca destruir toda a produção dos 2.500 pés de chuchu. A média de 300 caixas vendidas toda semana na Ceasa de Uberaba foi reduzida a zero.

– Eu estou há dois meses sem ir ao Ceasa, porque estou sem o produto para comércio, e nós vamos continuar até o final de novembro sem produção. A partir do começo de dezembro é que nós vamos começar a produzir – diz o produtor.

O período de entressafra e o aumento da demanda elevaram os preços de muitos produtos. Nas últimas semanas, a caixa de 20 quilos de chuchu, que era vendida a R$ 20, passou a ser comercializada a R$ 100, média de R$ 3,50 por quilo.

Para aproveitar o bom momento do mercado, Azevedo vai aumentar a área plantada de três para cinco hectares. Com quase mil pés de chuchu a mais em produção, o produtor espera nos próximos meses recuperar o prejuízo deixado pela seca.

– Com esse preço altíssimo do jeito que está, a gente espera nas primeiras procuras pelo produto, recuperar o prejuízo e lucrar um pouco, porque eu acredito que esse preço fique em alta até março – estima o produtor.

Por aqui, o quiabo também é raridade. Jeremias Colmanetti vendia mais de 200 caixas por semana, hoje são apenas 70. A falta do produto fez a média de preço de R$ 2,10 por quilo, triplicar nas últimas semanas.

– Agora pela falta que teve, vai haver um excesso de produto, então a tendência do preço em janeiro é cair, voltar aos patamares inferiores de antes, quem estiver produzindo tem que aproveitar agora – indica Colmanetti.

O preço do tomate pera dobrou, a caixa de 20 quilos foi de R$ 30 para R$ 60. O aumento no preço fez Paulo Márcio Carneiro dobrar a renda nas últimas semanas.

– O mercado está com pouca oferta nessa época em razão dos preços estarem elevados, mas está bom, a comercialização está estável – conta ele produtor.

Só que nem sempre o produtor consegue ter lucro nessas situações.

– Quando está alto é porque não tem mercadoria, aí você não consegue ter um fluxo de caixa contínuo, você vende caro o pouco que você tem, mas pela despesa que você tem às vezes você precisa de uma quantidade maior para obter lucro. Então, o interessante é estar em um patamar que garanta uma margem de lucro interessante para o produtor, para o atacadista e não onere tanto o consumidor final – esclarece o presidente da Associação dos Horticultores do Vale do Rio Grande, Sergio Nepanuceno.

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