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Seca garante safra de qualidade para a uva do Meio-Oeste de Santa Catarina

Falta de chuva, aliada ao frio intenso do inverno, deixou frutas mais doces e com maior valor de mercadoA estiagem dos últimos meses já gerou R$ 550 milhões de prejuízo ao Estado, mas os produtores de uva do Meio-Oeste não têm do que reclamar. A falta de chuva, aliada ao frio intenso do inverno, deixou frutas mais doces e com maior valor de mercado.

Graças à qualidade, o preço pago ao produtor de variedades mais simples, como a Isabela, chega a R$ 0,52 o quilo, valor 73% maior do que os R$ 0,30 da safra passada.

Diante da boa expectativa de lucro, os viticultores turbinaram os parreirais. Apenas no município de Tangará, a 400 quilômetros da Capital, onde 180 agricultores cultivam 500 hectares, a safra deve terminar com 10 mil toneladas colhidas.

O montante representa cerca de 30% da economia agrícola da cidade, cujo cultivo de frutas é liderado pela uva. Um dos maiores produtores é Edilson Scolari, que colheu 140 toneladas nesta safra, em parreirais na localidade de Linha Bracatinga.

Scolari garante que a produção tem a melhor qualidade dos últimos anos. Ele explica que o preço da uva é definido pelo grau de açúcar contido nos grãos. A seca fez com que as frutas ficassem mais doces.

— Neste ano tivemos o clima perfeito, porque foram várias horas de frio intenso no inverno e seca durante a dormência e a maturação das uvas.

Safra deve chegar a 64 mil toneladas em SC

Extensionista rural da Epagri, Roberto Bolzani estima que a produção catarinense de uva deve ficar em 64 mil toneladas este ano. A safra no Meio-Oeste deve alcançar um volume 30% maior em relação a 2011.

— Tudo favoreceu os produtores. A uva deve permanecer como a maior cultura frutífera da região, bastante utilizada na produção de vinhos.

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