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Agronegócio

Seca no RS: entidades pedem prorrogação das dívidas de produtores

Setor produtivo enviou ao governo estadual um pedido de ampliação do zoneamento do plantio da soja e do milho e outro de criação de uma linha de crédito emergencial para agricultura familiar

lavouras secas do Piauí
Segundo a Secretaria da Agricultura do estado, esta é a pior seca desde a safra 2012/2013. Foto: divulgação

Entidades do agro entregaram nesta terça-feira, 14, ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, um documento com diversas medidas necessárias para amenizar as perdas dos produtores rurais que enfrentam uma forte seca em algumas regiões do estado.

O material, formulado pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) e Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), pede a prorrogação das dívidas e parcelas dos produtores rurais vincendas em 2020, ampliação do zoneamento do plantio da soja para 31 de janeiro e do milho para 29 de fevereiro.

Além disso, as entidades pedem a criação de uma linha de crédito emergencial para agricultores familiares, repactuação dos valores de crédito agropecuário, entre outros.

Seca no Rio Grande do Sul

Segundo a Secretaria da Agricultura do estado, esta é a pior seca desde a safra 2012/2013. “Historicamente, a cada dez anos, em sete deles nós tivemos algum comprometimento do potencial produtivo das lavouras e das pastagens em função de alguma restrição hídrica. Apesar disso, desde a safra de 2012/2013 para cá, não tivemos uma estiagem que causasse um prejuízo maior na nossa produção”, afirmou o secretário em exercício da pasta, Luiz Fernando Rodrigues Júnior.

Segundo ele, a redução hídrica em algumas regiões do Rio Grande do Sul já chegou a 70%. A secretaria também deve encaminhar medidas de emergência para mitigar os efeitos da estiagem no estado, solicitando ao Ministério da Agricultura a prorrogação do zoneamento das culturas afetadas pela seca. Um representante da pasta deve ir ao estado nos próximos dias para checar pessoalmente a situação.

De acordo com a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro-RS), as perdas na soja já chegam a 13% enquanto no milho, a projeção é que queda de 33% na produçãoNo entanto, há casos de produtores rurais com estimativas de prejuízos maiores.

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