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Seca prejudica desenvolvimento de grãos de café em Minas Gerais

Cafezais enfrentam estresse hídrico; produtores estão preocupados com a relação entre clima, preço e perdas de produçãoEm Minas Gerais, os cafezais, principalmente de sequeiro, estão enfrentando estresse hídrico devido à seca. Os prejuízos podem ser observados no desenvolvimento dos grãos.  Os produtores estão preocupados com a relação entre clima, preço e perdas de produção.

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O produtor Jose Carlos Meira Lima está com 87 hectares de café em produção, em uma área com a chamada bianualidade bem acentuada. Este ano, a previsão era que a produção passasse de três mil sacas.  Mas a falta de chuva e o calor intenso, em pleno desenvolvimento do cafezal, já fazem com que o agricultor calcule o prejuízo. 

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– Eu acredito que vai cair uns 35%, 40%. Por causa da seca, os grãos de café estão no pé, mas não cresceram, estão miúdos e 40%, 50% dos caroços estão menor. Vai ter que juntar mais caroço pra fazer uma saca – afirmou Lima. 

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O cafeicultor está na atividade desde 1986 e chegou a ter sistema de irrigação, mas, como as chuvas sempre foram regulares, nunca exigiram mais água do que a natureza mandava, por isso, ele desativou tudo e apostou no café de sequeiro. Mas ele não esperava um veranico tão acentuado em pleno início de ano.

– Eu tinha irrigação até 2002 e desativei porque sempre estava chovendo e não era muito necessário, desativei e agora, me arrependi por causa disso – relatou Lima.

O produtor Massato Hatsuia Junior organizou um sistema de irrigação com tanque pipa que é usado geralmente para adubação no sequeiro. Nos pés de café, as folhas e os grãos revelam como a falta de água facilita o aparecimento de doenças causadas por estresse hídrico.

Em Nova Ponte (MG), desde a virada do ano, o registro pluviométrico marcou 74 mm de chuva. A média histórica na região é passar de 220 mm, com isso, Hatsuia foi obrigado a irrigar os cafezais que estão no sequeiro. O gasto só com energia elétrica foi de R$ 5 mil a mais no mês de janeiro.

– Nunca, em outros anos, tivemos que ligar a irrigação para irrigar café propriamente dito. Esse janeiro é um dos mais secos que já vi aqui na região. A média é de 25°C e hoje está acima dos 30°C, nunca tivemos um janeiro tão quente também – relatou Hatsuia.

A irrigação é uma constante para lidar com um clima quente e seco fora do cenário histórico. Hatsuia ainda tem a preocupação desta relação do clima com o mercado tão volátil.

– Vamos ver na colheita como vai ser a percentagem de perda em relação aos outros anos, quando nunca tivemos que ligar sistema de irrigação nesta época – declarou.

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