Seca provoca perdas de US$ 2,2 bilhões na produção rural de Oklahoma, EUA

Especialista informa que a estimativa inclui danos causados às lavouras e ao gadoAs perdas provocadas pela seca no Estado norte-americano de Oklahoma devem somar de US$ 1,6 bilhão a US$ 2,2 bilhões neste ano, de acordo com estimativa preliminar divulgada nesta quarta, dia 3, pela Universidade do Estado de Oklahoma. A seca atingiu principalmente o sul das Grandes Planícies do país.

Segundo o professor Derrell Peel, especialista em comércio de animais, a estimativa inclui danos causados às lavouras e ao gado. O prejuízo corresponde a cerca de um terço do valor anual da produção agrícola do Estado, de acordo com Peel.

? Todas as nossas safras de verão vão ser severamente reduzidas e em alguns lugares completamente eliminadas ? disse.

Produtores do Oklahoma viram seus trigais serem devastados pelo calor e pela falta de umidade. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que o tamanho da safra que será colhida na primavera e no início do verão tenha diminuído 38% em relação ao ano passado, totalizando 74,8 milhões de bushels.

Algodão, amendoim, milho, soja e sorgo serão colhidos no outono. Todos foram prejudicados pela seca, que já dura dez meses.

? Para esta temporada, não importa mais se vai chover ou não. O dano está feito ? explicou Peel.

Pecuaristas tiveram de mandar o gado para o abate mais cedo do que o normal, por causa da falta de feno e água, aumentando a oferta de carnes no curto prazo. No entanto, a seca provavelmente vai apertar a oferta durante os próximos anos, pois os produtores estão abatendo as fêmeas que normalmente seriam mantidas para produzir uma nova geração, segundo o professor.

Os Estados do Texas e do Kansas também sofreram perdas expressivas na zona rural, em virtude do calor extremo e da seca. No Texas, dados mostram que os últimos dez meses foram os mais secos já registrados. A estiagem começou em outubro. O climatologista estadual John Nielsen-Gammon afirmou que o clima deve continuar seco “pelo menos no próximo mês”.