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Nos 10 primeiros dias de fevereiro, choveu apenas cinco milimetros na região. Porém, a média de precipitação local é de mais de 200 milímetros por mês. Já a temperatura tem alcançado mais de 30°C todos os dias. Segundo o engenheiro agrônomo Luiz Antônio Dias de Sá, as perdas já são irreversíveis e podem ser cada vez maiores se o período de estiagem continuar.
– O milho está sofrendo, está murchando e morrendo. Não é mais nem um período de estresse, já é falta total de água mesmo. Daqui para frente, a cultura não vai seguir mais seu ciclo e isso não tem mais retorno – salienta o engenheiro agrônomo.
No ano passado, a produtividade da propriedade de Evanilton Vicensotti foi de 190 sacas por hectare. Neste ano, o produtor ainda nem sabe se vai valer a pena fazer a colheita. Ele conta que vai colher, no máximo, 40 sacas por hectare. A maior parte da área deve se transformar em silagem para a alimentação animal.
Até agora, nenhuma medida emergencial de ajuda foi adotada pela Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Por enquanto, o verão atípico traz lições para o produtor quanto ao manejo da terra e também traz muitas incertezas de como vai ser daqui pra frente.
– A utilização de adubação verde, em alguns casos subsolagem, correção de solo a nível mais profundo, e não só numa camada superficial de até 20 centímetros, são alguns manejos para que a planta pode se defender em um período crítico – destaca o engenheiro agrônomo Roberto Machado.
– A gente vai esperar. Não sabe ainda o que vai fazer, pois se não chover, não tem como plantar mais. Acredito que a gente não faça a safrinha de milho porque estamos com medo – diz o produtor.