Seca na Região Sul vai custar mais de R$ 800 milhões ao Proagro

Banco Central anunciou medidas de aperfeiçoamento na regulamentação do seguro ruralA estiagem que prejudicou as lavouras da Região Sul, na virada de 2011 para 2012, vai custar mais de R$ 800 milhões ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), de acordo com estimativa de Deoclécio Pereira de Souza, do Departamento de Crédito Rural e Proagro do Banco Central (BC).

Ele falou sobre os custos ao anunciar medidas de aperfeiçoamento na regulamentação do seguro rural, aprovados nesta quinta, dia 27, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Dentre elas, a exigência de laudos técnicos sobre o uso de tecnologias adequadas ao meio rural para contratação do Proagro. Uma medida para “mitigação de riscos” na lavoura, disse.

Souza ressaltou que a partir da safra 2013/2014, a empresa de assistência rural contratada pelo beneficiário do Proagro para fazer a vistoria técnica será obrigada a entregar o laudo à instituição financeira. Uma forma, de acordo com o funcionário do BC, de desonerar o produtor rural, que atualmente custeia o laudo.

O CMN faculta também a possibilidade de os agricultores familiares incluírem sementes próprias e insumos para enquadramento do Proagro, até R$ 5 mil. Isso estimula e dá mais transparência às possibilidades de financiamentos, segundo Deoclécio. Mas, para tanto, o produtor precisa obedecer às normas de plantio e análise de solo, de modo a eliminar riscos de descontinuidade do zoneamento agrícola, acrescentou.