O Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde informa que as pessoas com a doença devem ser vacinadas independentemente da contagem de linfócitos T CD4+ (células atingidas pelo vírus HIV).
Nos postos de saúde, os portadores do vírus não precisam revelar sua condição, por existir o direito ao sigilo.
É recomendado aos vacinados não realizarem exames de carga viral ou contagem de linfócitos nas quatro semanas posteriores à imunização por haver chances de alteração dos resultados. A estimativa é de que 630 mil pessoas vivam com HIV/aids no Brasil.
Entre os doentes crônicos a serem vacinados nessa etapa estão também pessoas com menos de 60 anos com problemas de coração, pulmão, rins, fígado, câncer, diabéticos e obesos. As grávidas podem receber vacina em qualquer mês de gestação.
Os cidadãos devem estar munidos de documento de identificação com foto e o cartão de vacinação. Os pais devem levar o cartão de vacinação dos bebês. A meta do Ministério é imunizar 80% do grupo da segunda etapa.
Segundo o Ministério, grávidas em qualquer período de gestação podem receber a vacina. As crianças de seis meses a dois anos vão receber uma dose dividida em duas vezes, sendo que a segunda meia dose será administrada 30 dias após a primeira. A lista de doenças crônicas inclui:
– obesidade grau 3 ou antiga obesidade mórbida (crianças, adolescentes e adultos);
– doenças respiratórias crônicas desde a infância (como fibrose cística, displasia broncopulmonar);
– asmáticos (formas graves);
– doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;
– doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (como distrofia neuromuscular);
– imunodeprimidos (como pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);
– diabetes mellitus;
– doença hepática (como atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);
– doença renal (como insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);
– doença hematológica (hemoglobinopatias);
– pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (como doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
– portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;
– portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (como hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).