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Segunda reunião do grupo que proporá mudanças na lei ambiental acaba suspensa

Documento apresentado por ambientalistas e pelos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário gerou polêmicaO grupo de trabalho criado para propor mudanças na lei ambiental brasileira voltou a se reunir nesta terça, dia 18, em Brasília (DF). O encontro ficou tenso após a Frente Parlamentar Ambientalista e o Ministério do Meio Ambiente apresentarem, na última hora, dois documentos com novas propostas para alterações ao Código Florestal. A reunião foi suspensa e remarcada para o dia 25.

O mais polêmico desses documentos foi preparado na noite de segunda, dia 17, por representantes das pastas do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário e por ambientalistas. O texto traz 13 itens que surpreenderam até o ministro da Agricultura.

? Se for isso, acho que não precisamos de reunião. Deixa o caos se estabelecer e dele vai surgir alguma coisa depois ? disse Reinhold Stephanes.

Em protesto, alguns senadores se retiraram e pediram o fim da reunião. Entre eles estava o autor do projeto de lei que prevê mudanças na lei ambiental, senador Flecha Ribeiro (PSDB-PA).

? O que eu vejo é que existe uma estratégia de não se aprovar nada, se empurrar tudo para chegar ao final de cinco meses e não ter feito nenhum avanço em benefício do nosso país ? afirmou o parlamentar.

A proposta apresentada no encontro pelo Ministério do Meio Ambiente contraria grande parte das reivindicações dos produtores rurais. O item mais polêmico é o que prevê a demarcação de reservas legais nas propriedades.

Os produtores pediam a continuidade das atividades agropecuárias em áreas inclinadas, topos de morros e várzeas. Mas os ambientalistas, que nas discussões anteriores demonstravam disposição a um acordo, não cederam.

? Nos Estados da região Sul querem tomar 20%, nos do Norte, 80% das propriedades rurais e em outras regiões, 35%. Isso é um confisco feito pela legislação e o decreto está impondo isso ? argumentou o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS). |

Já o deputado Sarney Filho, presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, questionou a urgência de tomar uma decisão.

? Há espaço para a gente discutir essas questões históricas, então não vejo o assunto com essa ansiedade que tem sido demonstrada por determinados segmentos.

Na saída, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, tentou amenizar a situação.

? A primeira reunião foi muito centrada na proposta do ministro Stephanes. Hoje o eixo da discussão foi mais focado no decreto da Frente Ambientalista. Então o grande desafio é chegar a uma síntese e mapear os conceitos para que a gente possa avançar sem destruir a legislação ambiental.

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