Mas a ata também foi considerada otimista e criticada pelo mercado financeiro. A tarefa de continuar o aperto monetário para conter a inflação ficaria para o próximo governo.
No documento, o Copom diz que os riscos para a inflação diminuíram com a retirada de parte dos estímulos fiscais ao consumo anunciados durante a crise de 2008 e 2009. E o BC avalia que a crise internacional passou a ter efeito deflacionário sobre os preços no país.
? A ata indica que estamos próximos do final do ciclo de aperto monetário e que o BC pode parar de subir os juros ? afirma o economista Flávio Serrano, do BES Investimento, acrescentando que o Copom pode elevar a taxa básica em 0,25 ponto percentual na próxima reunião, em setembro.
Para parte do mercado financeiro, o BC mudou sua análise sobre os indicadores econômicos em cima da hora, e não no final de junho, como defende o Copom na ata. Além disso, não teria sabido transmitir ao mercado a avaliação de que um aumento menor dos juros asseguraria um crescimento equilibrado.