No pregão desta sexta houve disputa pelos lotes em Minas Gerais, onde foram arrematados todos os 7 mil contratos ofertados (700 mil sacas), com ágio de 13,7% em relação ao valor de abertura do prêmio, que fechou em R$ 1,95 a saca. Em São Paulo, também foram arrematados todos os 1,4 mil contratos (140 mil sacas) ofertados, e houve ágio de 0,4%, com fechamento do prêmio a R$ 1,722 a saca.
No Espírito Santo, onde foram ofertados 700 contratos (70 mil sacas), houve demanda por apenas 10,7% deles, que foram negociados pelo prêmio de abertura de R$ 1,715 a saca. A demanda também se manteve baixa na Bahia, onde foram arrematados sem ágio apenas 30 contratos, que correspondem a 7,5% dos 400 contratos (40 mil sacas) ofertados. No Paraná, a demanda aumentou em relação ao primeiro leilão, mas foram negociados apenas 22% (110 contratos) dos 500 ofertados pela Conab, sem ágio.
No primeiro leilão de contratos de opções de venda de café, realizado na na sexta passada, dia 13, foram negociados 85,6% da oferta. As negociações desse tipo de contrato realizadas pela empresa pública estão entre as medidas do governo federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para apoiar a comercialização de café no Brasil. Ao todo, o aporte de recursos é de R$ 1,05 bilhão para essas operações, mas o montante destinado na safra atual para o setor cafeeiro já soma R$ 5,8 bilhões.
Preço em queda
Os preços mais baixos do café no mercado explicam o maior interesse dos cafeicultores no leilão de contratos de opção de venda futura da Conab, segundo avaliação da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé).
O Indicador Cepea/Esalq do tipo 6 do arábica recuou 3,75%.
– Além disso, deu tempo de alguns produtores se acertarem com a documentação. E não podemos nos esquecer do dólar, que caiu – disse o superintendente comercial da cooperativa, Lúcio Dias.
Dias ponderou que esse resultado pode não se repetir no próximo leilão, que será realizado na sexta, dia 27.
– Há o saldo de Bahia, Espírito Santo e Paraná para ser comercializado ainda – explicou.
Nos dois últimos pregões, apenas em São Paulo e em Minas Gerais houve negociação de 100% do volume ofertado.