Segundo os relatórios, foram erradicadas 3,5 milhões plantas com sintomas de greening (Huanglongbing), 70,7 mil com sintomas de cancro cítrico, 3,7 milhões com sintomas de outras doenças e por outros motivos e 4,5 milhões devido à mudança de atividade. O relatório também mostra que, no mesmo período, 1 milhão de plantas cítricas foram replantadas.
As regiões dos Escritórios de Defesa Agropecuária (EDAs) com maior porcentagem de plantas eliminadas por causa do greening foram Limeira (4,8%), Ribeirão Preto (4,7%), Araraquara (2,9%), Jaú (2,8%), Jaboticabal, (2,4%), São João da Boa Vista (2,3%) e Mogi Mirim (2,0%). Os índices foram calculados tendo como base o total de plantas cítricas inspecionadas e o total de plantas eliminadas com sintoma do HBL no respectivo EDA.
Utilizando a mesma base, o relatório mostra que os maiores índices de eliminação de plantas com sintomas do cancro cítrico estão nas regiões dos EDAs de General Salgado (1%), Jales (0,32%), Lins (0,07%), Barretos (0,05%) e Catanduva (0,05%).
– Este é o primeiro relatório com a obrigatoriedade de declarar as inspeções e eliminações de plantas com sintomas do cancro cítrico. Em função da publicação da Resolução SAA-147, de 31 outubro de 2013, o citricultor não é mais obrigado a erradicar as plantas no raio de 30 metros a partir da planta contaminada, mas ele precisa eliminar a planta contaminada e pulverizar com calda cúprica, na concentração de 0,1% de cobre metálico, as plantas de citros em um raio perifocal de, no mínimo, 30 metros da planta contaminada, que foi eliminada. Repetir a pulverização a cada brotação e informar no relatório semestral – explica o diretor do Grupo de Defesa Sanitária Vegetal, Euclides de Lima Moraes Filho.
– Se durante uma inspeção do órgão oficial de defesa agropecuária for detectada a ocorrência de cancro cítrico, serão colhidas amostras em plantas suspeitas e, se confirmadas como positivas, deverão ser eliminadas imediatamente ficando a propriedade em quarentena por dois anos – esclarece Vicente Paulo Martello, diretor do Centro de Defesa Sanitária Vegetal.
Mesmo não encontrando plantas com sintomas de greening e cancro cítrico, o citricultor deve preencher o relatório e enviá-lo à Defesa Agropecuária. Caso tenha deixado a atividade, é preciso regularizar a situação, zerando o número de plantas no relatório.
Os citricultores que deixaram de relatar as inspeções no semestre estão sendo notificados pela Defesa Agropecuária para que apresentem o relatório. O produtor que não entregar está sujeito a multas que variam de 100 a 500 unidades fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps). O valor de cada unidade é de R$ 20,14.