No segundo semestre de 2013, 3,5 milhões de plantas foram erradicas devido ao greening em São Paulo

Conforme relatórios de produtores, 70,7 mil plantas foram eliminadas com sintomas de cancro cítrico e 4,5 milhões devido à mudança de atividadeA Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo informou nesta quarta, dia 22, que foram entregues à Coordenadoria de Defesa Agropecuária 13.293 relatórios de inspeção de pomares realizados por citricultores paulistas no segundo semestre de 2013. Os produtores de laranja informaram que foram inspecionadas 193 milhões de plantas cítricas - 26,3 milhões de plantas a menos do que o informado no primeiro semestre. São Paulo corresponde por quase 70% da produção nacional de laranjas.

Segundo os relatórios, foram erradicadas 3,5 milhões plantas com sintomas de greening (Huanglongbing), 70,7 mil com sintomas de cancro cítrico, 3,7 milhões com sintomas de outras doenças e por outros motivos e 4,5 milhões devido à mudança de atividade. O relatório também mostra que, no mesmo período, 1 milhão de plantas cítricas foram replantadas.

As regiões dos Escritórios de Defesa Agropecuária (EDAs) com maior porcentagem de plantas eliminadas por causa do greening foram Limeira (4,8%), Ribeirão Preto (4,7%), Araraquara (2,9%), Jaú (2,8%), Jaboticabal, (2,4%), São João da Boa Vista (2,3%) e Mogi Mirim (2,0%). Os índices foram calculados tendo como base o total de plantas cítricas inspecionadas e o total de plantas eliminadas com sintoma do HBL no respectivo EDA.

Utilizando a mesma base, o relatório mostra que os maiores índices de eliminação de plantas com sintomas do cancro cítrico estão nas regiões dos EDAs de General Salgado (1%), Jales (0,32%), Lins (0,07%), Barretos (0,05%) e Catanduva (0,05%).

– Este é o primeiro relatório com a obrigatoriedade de declarar as inspeções e eliminações de plantas com sintomas do cancro cítrico. Em função da publicação da Resolução SAA-147, de 31 outubro de 2013, o citricultor não é mais obrigado a erradicar as plantas no raio de 30 metros a partir da planta contaminada, mas ele precisa eliminar a planta contaminada e pulverizar com calda cúprica, na concentração de 0,1% de cobre metálico, as plantas de citros em um raio perifocal de, no mínimo, 30 metros da planta contaminada, que foi eliminada. Repetir a pulverização a cada brotação e informar no relatório semestral – explica o diretor do Grupo de Defesa Sanitária Vegetal, Euclides de Lima Moraes Filho.

– Se durante uma inspeção do órgão oficial de defesa agropecuária for detectada a ocorrência de cancro cítrico, serão colhidas amostras em plantas suspeitas e, se confirmadas como positivas, deverão ser eliminadas imediatamente ficando a propriedade em quarentena por dois anos – esclarece Vicente Paulo Martello, diretor do Centro de Defesa Sanitária Vegetal.

Mesmo não encontrando plantas com sintomas de greening e cancro cítrico, o citricultor deve preencher o relatório e enviá-lo à Defesa Agropecuária. Caso tenha deixado a atividade, é preciso regularizar a situação, zerando o número de plantas no relatório.

Os citricultores que deixaram de relatar as inspeções no semestre estão sendo notificados pela Defesa Agropecuária para que apresentem o relatório. O produtor que não entregar está sujeito a multas que variam de 100 a 500 unidades fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps). O valor de cada unidade é de R$ 20,14.

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