Na análise sobre a acessibilidade aos alimentos, que considera a variação nos preços globais dos alimentos medida pelo Food Price Index e publicado pela Food and Agriculture Organization (FAO), a pontuação média global subiu de 50,5 para 51,7 na mesma base de comparação (a melhor pontuação é 100). Os Estados Unidos alcançaram a Suíça e agora estão no topo da categoria acessibilidade, com uma pontuação de 93,4. Mais uma vez a pontuação mais baixa ficou com o Chad, 10,6.
Entre os países que tiveram maior aumento na acessibilidade, ficaram Venezuela, Casaquistão e Uruguai, em parte, por causa do forte crescimento econômico. Entretanto, conforme a EIU, a previsão é de que a Venezuela registre uma queda na acessibilidade em 2013. “A economia crescerá pouco este ano, em parte pela desvalorização da moeda; isso elevará a inflação ao nível de aproximadamente 30%, tornando tudo – incluindo os alimentos – menos acessíveis”, revela o estudo.
Já entre as regiões com problema de desnutrição, África do Sul e Botswana registraram o maior crescimento em acessibilidade aos alimentos. Os países ganharam, em média, 2,35 pontos no quesito. Segundo a EIU, o ganho foi significativo, mas não suficiente para compensar as quedas em acessibilidade ocorridas no trimestre anterior com o salto nos preços dos alimentos em todo o mundo.
– É provável que a segurança alimentar melhore na maioria dos países nos próximos meses, presumindo-se a ausência de um choque climático – declarou o diretor de Projeções Globais da EIU, Leo Abruzzese, no comunicado.
– Esperamos uma queda de aproximadamente 6% nos preços do trigo no primeiro trimestre deste ano em comparação com o último trimestre de 2012 – completou.
Segundo ele, enquanto as condições positivas nos Estados Unidos e na Rússia não se deteriorem muito mais – a safra de trigo de inverno não teve um bom começo nos dois países – os preços mundiais continuarão a cair em 2013, em virtude do aumento na produção global, especialmente em países da região do Mar Negro. A EIU espera que até fim do ano os preços do trigo fiquem 18% mais baixos do que no início do ano. Os preços do milho também devem cair, embora não na mesma proporção.