Na cidade de Flores da Cunha, 80% dos agricultores estão precavidos. Pela primeira vez com seguro, a família Isoton, de Otávio Rocha, terá prejuízos menores.
– A forma como é feito, de você mesmo poder estipular a quantidade segurada e o preço estimado de venda, é boa – diz Osmar Isoton, explicando que não fez o seguro antes porque não sabia que era “tão simples”.
O sentimento na família é de alívio por ter tido o cuidado de contratar o seguro no ano em que a intempérie atingiu de forma mais agressiva as videiras. Mesmo assim, as perspectivas não são as melhores já que, em razão da destruição de muitas gemas (que dão origem à brotação da uva), a produção deve ficar 50% abaixo do esperado em 2012.
O Ministério da Agricultura oferece subsídio para quem contratar o seguro que, no caso da uva, é de 60% do valor do prêmio. O percentual de auxílio é o mesmo para frutas como ameixa, caqui e pêssego.
O benefício está disponível para produtores de todos os portes, e a contratação pode ser feita em seguradoras habilitadas pelo programa ou por meio de um corretor. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, Olir Schiavenin, é possível fazer a cobertura da produção contra granizo e também contra geada.
Caxias do Sul – após o temporal
– Produtores segurados têm 48 horas para comunicar a destruição. Depois, um perito faz um levantamento do volume da quebra junto com o agricultor.
– O seguro cobre 90% do total contratado.
– A indenização chega cerca de 30 dias depois da safra.
– A liberação de recursos não permite que o produtor já tenha, na mesma área, cobertura do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ou do Proagro Mais (vinculado ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf).
– O seguro obrigatório é oferecido para quem tem financiamento, garantindo a liquidação de operações de crédito em caso de fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações.