Luiz Antônio Correia, diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural do Ministério da Agricultura, explica que, além de reduzir o prêmio, o governo pretende direcionar os recursos da subvenção por cultura e por microrregiões importantes na produção agropecuária, onde as perdas por problemas climáticos são recorrentes. Hoje, a distribuição dos recursos depende da atuação das corretoras na captação de clientes. Ele acredita que a mudança possibilitará uma economia de 27% nos gastos com as operações. De acordo com o Ministério da Agricultura, o seguro atinge apenas 10% das lavouras no Brasil.
Correia afirmou que R$ 90 milhões serão destinados pelo governo na safra atual para subvencionar o prêmio das lavouras de milho safrinha e culturas de inverno, incluindo o trigo. O valor é 50% superior aos R$ 60 milhões destinados na safra passada. Segundo ele, nesta safra a subvenção ao prêmio atingiu R$ 318 milhões, sendo R$ 60 milhões para cobertura da soja e R$ 33,5 milhões para maçã. O Paraná é o principal mercado e concentra de 25% a 30% das subvenções. O orçamento deste ano prevê que serão destinados R$ 400 milhões para subvencionar os prêmios do seguro rural. O valor precisa ser aprovado na Lei Orçamentária Anual.
– A proposta que nós fizemos está muito bem embasada. Foi discutida com a sociedade, com o mercado. Recebemos propostas de representantes dos produtores, políticos que representam o segmento de produtores – acrescenta Correia.