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Seguro rural terá em 2017 subvenção de até R$ 450 milhões

Volume representaria crescimento de 12,5% em relação ao recursos aprovados para 2016; Ministério da Agricultura havia solicitado R$ 700 milhões 

Fonte: Dale Portz/Arquivo Pessoal

O Ministério da Agricultura prevê que o seguro rural de 2017 terá subvenção de até R$ 450 milhões, o que representaria crescimento de 12,5% em relação aos R$ 400 milhões aprovados para 2016. “Solicitamos R$ 700 milhões, mas (o orçamento) já foi ao Congresso com cortes”, disse o diretor do Departamento de Gestão de Risco da pasta, Vitor Ozaki, em evento para jornalistas em São Paulo.

De acordo com ele, no acumulado de 2016 até setembro foram utilizados R$ 186,16 milhões da subvenção para seguro agrícola. Os recursos foram destinados em sua maior parte para lavouras de grãos e produtores dos estados de Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina foram os principais tomadores. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ainda será votado pelos congressistas.

Ozaki contou que o grupo de estudos que está trabalhando na formação de um fundo privado para subvenção a seguro agrícola deve apresentar resultados em 15 dias. “A proposta visa a ampliar o orçamento para o seguro com a participação do mercado privado. Não está detalhado quantos milhões de reais serão, mas o fundo será só para subvenção”, disse. 

Um fundo com maior disponibilidade de recursos foi defendido pelo presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Wady Cury. No evento, ele comparou a situação brasileira à norte-americana. “Os Estados Unidos têm US$ 110 bilhões para seguradoras e 90% da área plantada segurada, ante 15% no Brasil”, disse. No país são cerca de 11 milhões de hectares, e do total segurado aproximadamente 70% são lavouras de grãos, em especial soja.

Segundo Cury, o governo brasileiro é responsável, hoje, por 40% dos recursos destinados à subvenção. Na safra 2015/16, o valor pago por sinistros no campo, principalmente quebras de produção em Mato Grosso e Goiás, somou um recorde de R$ 1,4 bilhão, informou.

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