Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Sem acordo, MP dos Portos corre risco de ser desfigurada

Presidente Dilma Rousseff defende medida para destravar logística do paísSem acordo entre os principais partidos da base do governo, a medida provisória (MP) que reformula o setor portuário entra na pauta do plenário da Câmara nesta quarta, dia 8, correndo o risco de não ser votada ou de ter o texto desfigurado pelos próprios aliados. Para a presidente Dilma Rousseff, que aposta na MP para destravar a logística do país, as duas opções significariam derrota.

– Está havendo uma pressão para se fazer modificações além daquelas que já foram produzidas no parecer do relator, senador Eduardo Braga (PMDB-AM) – disse o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

>> Acesse aqui o especial SOS Logística

Segundo Chinaglia, a tendência é de que o governo não ceda em mais nenhuma alteração do texto.

– O governo já chegou aonde podia. Tudo aquilo que pudemos acordar com referência aos trabalhadores e à organização dos portos foi feito – disse.

O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), promete apresentar durante a votação quatro propostas para modificar a medida provisória. Todas elas atendem a demandas do setor empresarial.

Uma das propostas estabelece que os novos terminais privados devam passar por licitação. A mesma proposta determina ainda que o prazo de concessão seja de 25 anos, prorrogável por mais 25. Para tais casos, o governo havia estabelecido o processo de chamamento público, que o líder do PMDB considera pouco transparente.

– Queremos licitação para tudo – disse Cunha.

O peemedebista pretende, ainda, manter a validade de alguns pontos da Lei 8.630/1993, antigo marco regulatório do setor. Com a aprovação da MP dos Portos, essa lei seria revogada.

– Aquilo que não foi modificado pela medida provisória deve continuar valendo – afirmou o lider do PMDB.

A insistência de Cunha em fazer alterações no texto levou o presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, a convocá-lo para uma reunião na última segunda-feira, dia 6. Também participaram do encontro o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o lider do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). Na reunião, um dos peemedebistas cobrou limites à atuação de Cunha e lembrou que ultrapassá-los poderia ser considerado uma “conspiração”.

– Não houve pressão. Não aceito pressões vindas de cima – disse Cunha sobre o encontro.

Além do PMDB, PDT e PSB também devem dificultar a votação desta quarta. Os dois últimos partidos defendem mudanças na MP que beneficiem os trabalhadores dos portos.

– Se forem para o confronto, vamos resistir e defender o texto original – disse o líder do PT, José Guimarães (CE), que afirmou ainda que haverá votação “doa a quem doer”.

Para a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, as mudanças na MP podem torná-la “inútil”. Ela chegou a brincar sobre o cenário conturbado que deverá dar o tom da votação da matéria.

– Hoje o dia amanheceu bonito, céu azul. Vamos ver como termina – comentou a ministra.

Agência Estado
Sair da versão mobile