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Sem novos pedidos, manutenção de usinas cresce 15% na Dedini

Diretor afirma que empresa ainda se recupera de efeitos da crise de 2008A Dedini Indústria de Base registrou um crescimento de 15% em suas operações de manutenção de usinas do setor sucroalcooleiro durante esta entressafra, que teve início em meados de novembro e deve se estender até março de 2011. A informação é do diretor executivo da divisão de bioequipamentos da Dedini, Sérgio Barreira. Segundo ele, apesar do crescimento, o volume de operações de manutenção ainda está aquém do que era realizado no período anterior à crise econômica de 2008.

? Ainda estamos nos recuperando dos efeitos da crise ? disse.

Para o executivo, o aumento das operações de manutenção não é um sinal de que o setor está mais capitalizado e os investimentos em novas usinas irão retornar em breve.

? O setor está um pouco mais capitalizado em virtude dos bons preços do açúcar e do etanol, mas o foco de investimentos neste momento é na lavoura da cana-de-açúcar. Depois, ele está também fazendo a manutenção da usina. Não adianta nada ter uma usina excelente se não tem matéria-prima ? afirmou.

Com as perdas verificadas pela seca na última safra, Barreira prevê que os investimentos se concentrarão na área agrícola no curto prazo. Já a manutenção vai estar concentrada na área industrial de extração do caldo da cana basicamente.

? A grande demanda é para reparos e troca de peças que pode maximizar a produtividade da indústria ? disse.

O fato da atual entressafra ser mais longa que o normal em virtude do término da moagem antecipadamente também beneficiou a realização da manutenção.

Novos investimentos
A Dedini trabalha hoje com um volume de novas encomendas para o setor sucroalcooleiro que não chega a 40% do total existente no período pré-crise.

? Como tínhamos uma carteira de clientes expressiva com um prazo de entrega de mais de 2 anos, ainda estamos com encomendas anteriores à crise pelo menos até o segundo semestre de 2011 ? disse.

Segundo ele, a empresa enxugou sua estrutura e também se diversificou para enfrentar este momento. A expectativa da empresa era de que novas encomendas iriam ser registradas a partir do segundo semestre de 2011, mas o executivo disse que o sentimento hoje é de que a recuperação irá se iniciar apenas em 2012.

Para Barreira, novos investimentos deverão ocorrer com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou com o aporte de capital estrangeiro no setor sucroalcooleiro.

? Sem recursos externos ao setor, não haverá novos investimentos ? afirmou.

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