Previsão do tempo
O fim de semana foi marcado por transtornos no Sul do país. De acordo com a Somar Meteorologia, além dos danos causados pelos temporais e ventos que ultrapassaram os 90 quilômetros por hora, houve queda de granizo no sábado, dia 19. Os municípios do norte e noroeste do Rio Grande do Sul e o oeste do Paraná foram os mais afetados. As cidades de Lagoa Vermelha (RS), Assis Chateaubriand (PR) e Palotina (PR) foram algumas das prejudicadas pelo clima.
Na manhã desta segunda-feira, dia 21, cidades dos três estados do Sul amanheceram com temperaturas abaixo de zero. De acordo com Centro de Informações de Recursos Ambientais e Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram) da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a menor temperatura ocorreu em Urupema (SC) com -4,7°C. A cidade de Lagoa Vermelha (RS) registrou mínima de 0,3°C, Fraiburgo (SC) 0,1°C, Erechim (RS) 1,9°C, Palmeira das Missões (RS) 2,8°C, Cruz Alta (RS) 0,7°C e Santa Rosa (RS) 2,6°C.
Sul
Uma frente fria se afastou do Sul do Brasil e o tempo volta a ficar firme em grande parte da região nesta segunda-feira. O sol aparece entre as nuvens desde o Rio Grande do Sul até o oeste do Paraná. Apenas no litoral de Santa Catarina e na metade leste do estado paranaense é que ainda tem influência dos ventos úmidos do mar, com previsão de chuva fraca no decorrer do dia. Mesmo com o sol, as temperaturas não devem subir muito na parte da tarde, e volta a esfriar durante a noite.
Sudeste
A passagem de uma frente fria pelo oceano, na altura do Sudeste do Brasil favorece a nebulosidade em toda região. Na faixa leste paulista, no Rio de Janeiro e no sul de Minas Gerais a chuva ocorre a qualquer momento, com potencial para descargas elétricas e elevados volumes de chuva. No Espírito Santo e nas demais áreas paulistas, com exceção do oeste do estado, a chuva ocorre em forma de pancadas isoladas e com menores volumes. Em Minas Gerais o tempo fica firme. As temperaturas caem novamente, por causa do aumento da nebulosidade na faixa leste paulista, no sul de Minas e em parte do Rio de Janeiro. Esfria mais durante a noite.
Centro-Oeste
Uma frente fria na altura do Sudeste mantém a nebulosidade espalhada por grande parte do Centro-Oeste, no entanto a chuva deve ocorrer em forma de pancadas a qualquer momento no norte de Mato Grosso do Sul, na faixa sul de Goiás e de Mato Grosso. As temperaturas ficam mais baixas no estado sul-matogrossense, mas o calor continua intenso no norte de Mato Grosso e de Goiás, mesmo com o aumento da nebulosidade. Nestas áreas, a umidade relativa do ar atinge valores baixos na parte da tarde.
Nordeste
Uma frente fria na altura do Sudeste ajuda a aumentar a nebulosidade na Bahia. Pode chover fraco no decorrer do dia no sul do estado. Pode chover fraco também no litoral do Maranhão, do Piauí e do Ceará. Nas demais áreas não deve chover nesta segunda-feira. As temperaturas seguem elevadas, com os maiores valores no interior maranhense e no oeste da Bahia.
Norte
A chuva segue concentrada entre Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima e grande parte do Pará. Os maiores volumes de chuva ocorrem no Acre e no norte do Amazonas. No Tocantins o tempo continua seco e com temperaturas bem elevadas no decorrer da tarde.
Dólar
A moeda norte-americana a sexta-feira, dia 18, com uma baixa acentuada. Lá fora um dos fatores que influenciaram a queda da moeda norte-americana foi o recuo das cotações do petróleo e minério de ferro. Aqui no Brasil um certo otimismo quanto à questão fiscal e os cortes de gastos do governo também colaboraram com a baixa. O dólar fechou a R$ 3,147 na venda, com queda de 1%.
Soja
A soja na bolsa de Chicago (CBOT) fechou a sexta-feira em alta. O mercado deu prosseguimento ao movimento de recuperação técnica, com base em sinais de demanda aquecida pela soja americana. No entanto, o cenário dos fundamentos segue negativo. As previsões meteorológicas indicam um clima favorável ao desenvolvimento das lavouras dos Estados Unidos, confirmando uma safra cheia e estoques elevados.
A expectativa neste momento é em relação ao crop tour, realizado pelo grupo Pro Farmer, que começa nesta semana. Este tour é realizado pelas lavouras norte-americanas e tem o objetivo de avaliar as condições da safra do país.
No Brasil os preços da soja tiveram oscilação mista. Apesar de Chicago ter fechado em alta o dólar encerrou em queda. Não houve registro de negócios relevantes durante o dia.
Milho
O milho em Chicago teve preços mais altos. O mercado buscou leve recuperação frente às perdas da semana quando pesou a previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos. No período, porém, o contrato spot acumulou queda de 2,42%.
Para esta semana o foco dos analistas vão estar no crop tour, que tende a ter um efeito psicológico para o mercado antes da colheita efetiva e dos resultados mais evidentes desta safra, dos dados de condições das lavouras pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e informações sobre exportações semanais.
No mercado interno os preços do milho tiveram poucas alterações. Segundo a Safras & Mercado, as cotações do grão seguem ainda firmes, com baixa venda por parte dos produtores, que ignoram a baixa nos portos devido ao câmbio.
Café
Na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) o café arábica um fechamento de leves quedas. O mercado buscou consolidação no encerramento da semana ante as recentes oscilações e perdas. A expectativa dos analistas é que para este começo de semana o café tenha uma recuperação técnica. De modo geral o sentimento de que a safra brasileira do próximo ano será bem melhor, além de indicações melhorando os números do arábica produzido em 2017 no mundo, é fator baixista.
No Brasil o mercado fechou ao fim da semana com volume de negócios realizados. A fraqueza de Nova Iork e do dólar continuam deixando o vendedor retraído, enquanto o comprador não demonstra interesse para melhorar os preços do café.
Boi
O mercado segue com preços do boi gordo em alta. A expectativa é que a oferta de animais siga limitada e não há alteração desse quadro no curto prazo. Os frigoríficos continuam com dificuldades para compor suas escalas de abate, posicionadas entre dois a três dias úteis. De acordo com a Scot Consultoria, apesar de ainda elevadas historicamente, as margens das indústrias vêm se estreitando. Na operação com desossa, há um mês, a diferença entre a receita total e o preço da arroba era de 40,1%. Com as recentes valorizações este indicador está em 26,6%.
Segundo a Safras & Mercado, em São Paulo o preço ficou em R$ 137 a arroba, contra R$ 134 na sexta-feira. Em Mato Grosso do Sul, preços a R$ 126 a arroba, ante R$ 122 R$ 123.
Já o mercado atacadista apresentou preços estáveis. Ainda há espaço para alta nas cotações, mesmo que comedida, com os frigoríficos contando com estoques apertados neste momento.