Destino certo para o grão brasileiro, a China foi responsável, em 2012, pela compra de US$ 12 bilhões, respondendo por 67% e 36% das exportações do Brasil – entre grãos e óleo de soja, respectivamente. Atualmente, existem 19 solicitações de registros de novos eventos biotecnológicos na China, sendo que dois são do Brasil e os demais da União Europeia e dos Estados Unidos.
De acordo com o presidente da ABRASS, Elton Hamer, durante a viagem foi possível demonstrar a importância da liberação dos produtos, entre eles a soja Intacta RR2 Pro, de propriedade da empresa Monsanto, considerada pela associação como mais uma importante ferramenta para a sojicultura brasileira.
Liderada pelo secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, a comitiva esteve em Xangai e Pequim numa extensa programação. Na pauta, uma reunião preparatória entorno da liberação da Intacta que reuniu o representante do governo brasileiro, o vice-ministro da Argentina e o ministro da Agricultura da China. A reunião ocorreu na embaixada brasileira, conduzida pela embaixadora em exercício, Tatiana Rosito, e também contou com a presença do diretor técnico da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Geraldo Berger, e o secretário-executivo da entidade, José Américo Rodrigues.
Para o presidente da ABRASS, durante a visita, foi possível detectar a atuação do Mapa e da embaixada brasileira no país que é o maior importador de grãos produzidos no Brasil.
– Vimos no estande do Brasil o belo trabalho e a grandeza do nosso país representada pelo MAPA, pelo Consulado Brasileiro em Xangai e a Embaixada brasileira na China. Também ficou evidente a pujança de muitas empresas brasileiras no evento. Sinais da internacionalização empresarial que o país atravessa – afirmou Hamer, referindo-se à visita feita na Feira de Alimentos da China (Sial China 2013), uma das mais importantes do gênero em todo o mundo.
As relações comerciais entre Brasil e China também nortearam a visita da comitiva brasileira ao país. Os representantes do Brasil tiveram acesso a informações sobre a condução das transações comerciais que têm sido feitas no intuito de aprimorar e ampliar a parceria entre os dois países.
A equipe se reuniu com representantes da Hopefull Crain & Oil Group, a segunda maior compradora de soja daquele país e, na ocasião, foram debatidas as potencialidades na relação comercial e os entraves a serem reduzidos. Recentemente, o governo e tradings chineses cancelaram compras de grãos brasileiros alegando dificuldades na entrega e cumprimento de prazos por parte do Brasil, em função dos problemas logísticos.
>> Leia também: Indefinição chinesa sobre importação de soja transgênica preocupa produtor do Brasil