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Notícias - Soja Brasil

Sementes: mesma região apresenta diferença de 38 sacas por hectare de soja no RS

Estudo realizado pelo Sistema Farsul e Fundação Pró-Sementes analisou 39 cultivares diferentes na safra 2019/2020. Confira e faça o download!

Uma pesquisa anual realizada pelo pelo Sistema Farsul e Fundação Pró-Sementes, com 39 cultivares diferentes, em três microrregiões sojícolas do Rio Grande do Sul, apontou um resultado impressionante. O levantamento mostrou que a maior diferença de produtividade entre cultivares, em uma mesma região, ficou em 38 sacos por hectare. Segundo a Farsul, o estudo serve justamente para mostrar ao produtor quais são as melhores opções de sementes de soja para cada região.

O estudo das cultivares de soja da safra 2019/2020, divulgado pelo Sistema Farsul e Fundação Pró-Sementes, permitiu identificar quais sementes produziram melhores resultados em condições climáticas adversas no Rio Grande do Sul. A pesquisa servirá para que os produtores possam escolher a variedade com o desenvolvimento mais adequado para a sua situação de plantio, evitando perdas de produtividade.

O estudo separou 39 cultivares com o critério de serem as que possuem maior representatividade de hectares aprovados para a produção de sementes no estado, conforme indicação do Zoneamento Agrícola do Ministério da Agricultura.

Já as regiões analisadas, foram separadas em oito locais dentro das três microrregiões sojícolas do estado (101, 102 e 103), também conforme o Zoneamento Agrícola do Mapa. Confira abaixo!

Maior diferença de produtividade

De acordo com o levantamento, a maior diferença de produtividade entre cultivares em uma mesma região ficou em 38 sacos por hectare. O resultado foi observado em Vacaria, local que alcançou os melhores índices do estudo. Isso significa que um produtor que opta pela cultivar mais produtiva ganharia R$ 3,610 mil a mais por hectare, do que aquele que optasse pela variedade de pior desempenho para aquele local.

As condições climáticas da safra 2019/2020 causaram uma grande amplitude nos resultados obtidos. A região de Vacaria ( que foi considerada menos afetada pelo clima na última safra) chegou a registrar 108 sacos por hectare, enquanto outros locais, como São Gabriel, não chegaram a obter mais do que 42 sacos por hectare. Isso se deve às variações, como excesso de chuva em outubro, que propiciou o desenvolvimento de doenças fúngicas, e estiagem em dezembro e de fevereiro a maio.

Segundo a coordenadora de pesquisa da Fundação Pró-Sementes, Kassiana Kehl, embora os resultados da última safra tenham sido inferiores de uma forma geral em comparação com a média dos últimos anos devido a fatores climáticos, o estudo forneceu informações importantes.

“Foi uma oportunidade para avaliar o desempenho das cultivares, tanto em termos produtivos quanto ao comportamento frente a doenças fúngicas relacionadas ao solo, e desenvolvimento frente a altas temperaturas e estresse hídrico”, diz.

Segundo Kassiana, para quem pretende usar o estudo como ferramenta, é importante ressaltar que não basta o produtor observar a cultivar que obteve a maior produtividade na sua localidade. “É necessário analisar quais as sementes apresentaram um desempenho consistente na região, para ampliar as chances de obter um resultado favorável com o plantio”, avisa.

O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, destaca que o estudo se torna ainda mais relevante em um cenário de dificuldades e perdas em função do clima.

“Com os preços de soja que temos agora, se tivéssemos tido uma safra cheia o produtor rural estaria satisfeito. Infelizmente, não tivemos. Precisamos de mais segurança e este trabalho contribui com informações importantes para tomada de decisão, numa realidade em que temos um estado com cenários bem distintos”, afirma.

O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, afirma que o estudo está em sintonia com a missão do Senar-RS de levar as principais inovações tecnológicas ao conhecimento do produtor rural e orientá-lo na transformação das informações em produtividade e rentabilidade:

“Não existe tecnologia ruim, mas existe tecnologia mal aplicada. É a oportunidade de os produtores terem acesso à melhor tecnologia, que é aquela que funciona na sua realidade, tendo como base critérios técnicos e científicos”, ressalta.

Faça o download aqui do estudo e todas as variedades e seus resultados

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