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Sementes puxam alta no custo de produção da safra, diz SLC Agrícola

Tendência é de contínuo aumento nos custos com semente, com a entrada de novas variedades no mercado, com tecnologia que demanda menos agrotóxicosA SLC Agrícola informou nesta quinta, dia 14, que registrou aumento do custo em reais para a produção da safra 2013/2014, principalmente com sementes. No entanto, os custos com defensivos e fertilizantes foram menores, em dólares, afirmou o diretor presidente da companhia, Aurélio Pavinato, em teleconferência com analistas para detalhar os resultados trimestrais.

Pavinato lembrou que no ano passado houve quebra na produção de sementes por causa da seca na Bahia e das chuvas em excesso em Mato Grosso, o que tornou escassa a oferta no mercado interno. Além disso, na época da compra de sementes, ainda no primeiro semestre, a soja estava cotada entre US$ 15 e US$ 16 por bushel, o que impulsionava o preço da semente.

– Nós também aumentamos nossa área de soja precoce, que usa mais plantas por hectare – afirmou.

Segundo ele, a tendência é de contínuo aumento nos custos com semente, com a entrada de novas variedades no mercado, com tecnologia que demanda menos agrotóxicos.

Em fertilizantes, a companhia afirmou ter contratado a compra do insumo à base de nitrogênio quando os preços caíram para o nível de US$ 300 a US$ 320 a tonelada. O fertilizante com potássio foi contratado a cerca de US$ 400 a tonelada, antes do fim do oligopólio da Uralkali, destacou o executivo. Ele afirmou que a companhia já busca a contratação de fertilizantes para a safra 2014/2015, de modo a aproveitar os preços mais baixos.

No caso dos agrotóxicos, o executivo afirmou que a empresa pagou um valor muito próximo ao da safra passada, ainda que o glifosato tenha registrado um aumento de preço. No entanto, o custo em reais subiu, de acordo com Pavinato, com a valorização do dólar frente o real.

De acordo com dados dos resultados trimestrais, a SLC Agrícola espera aumento de 17,8% no custo por hectare da soja, para R$ 2.084, e de 13,6% no milho de segunda safra, para R$ 1.570 por hectare. O algodão de segunda safra deverá sofrer a menor variação de custos, 0,2%, para R$ 4.198 por hectare.

Margem com milho

Mesmo com a forte queda nos preços do milho, a SLC Agrícola continua registrando margem positiva com a produção, afirmou o diretor presidente da companhia. Ele ressaltou que as cotações são baixas no Centro-Oeste, mas chegam a R$ 19/saca a R$ 22/saca na região Nordeste, preço que, segundo ele, remunera a produção.

Na safra 2013/2014, a companhia está reduzindo a área de milho em Mato Grosso e aumentando no Maranhão. De acordo com Pavinato, o custo de produção está na casa de R$ 14 a R$ 15/saca, enquanto a empresa espera vender a produção a até R$ 22/saca. O total de área cultivada com milho de primeira e segunda safra será de 50.471 hectares, aumento de 2,4% ante a safra passada.

Pavinato reforçou, ainda, que a companhia deverá cultivar 15% de sua área com milho, esperando que a produção responda por 10% do faturamento. A principal fonte de receita da companhia é a produção de algodão.

Para a venda da safra 2012/2013 de milho, que tem preços abaixo de R$ 10/saca em Mato Grosso, o executivo afirmou que a companhia aderiu aos leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que garantem remuneração pela produção pelo mínimo de garantia do governo, de R$ 13,02/saca.

– Aproveitamos muito bem o preço mínimo em Mato Grosso por meio do Pepro. Não foi um mau negócio (produzir milho) – destacou.

O resultado da receita com Pepro só deve aparecer nos resultados da companhia a partir do primeiro trimestre do próximo ano, de acordo com Pavinato, à medida em que o governo paga pelo benefício. 

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