? Esta é a principal ferramenta para evitar as crises cíclicas de renda da agricultura, além de aumentar consideravelmente as receitas brasileiras com uma maior diversificação de mercados e de produtos das exportações ? defende o economista Henrique Paes de Barros, da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Para ele, um dos desafios é aproveitar a disponibilidade de farelo protéico de soja para aumentar a produção local de carnes.
? A União Européia importa 92% das suas necessidades de proteína vegetal. É muito mais eficiente e econômico deslocar a produção de carnes européia para os países produtores de soja e de milho ? avalia Barros.
Segundo o economista, a demanda por alimentos no mundo está crescendo com os ganhos de renda nos países em desenvolvimento e com o aumento da população, que passará de 6,5 para aproximadamente 9 bilhões de habitantes no ano de 2020.
? O Brasil pode atender o crescimento da demanda mundial por alimentos, porque possui disponibilidade de água, clima favorável, terras e tecnologia de produção agrícola ? enumera.
Ao mesmo tempo, a cadeia da soja está realizando iniciativas inovadoras para buscar a preservação da biodiversidade, o que ganha relevância nas negociações internacionais.
? Um exemplo recente foi a Moratória da Soja, que é um programa, que objetiva não comercializar a soja oriunda de áreas que forem desflorestadas dentro do Bioma Amazônia, após 24 de julho de 2006 ? informa.