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Esta semana, a saca de 60 quilos do café arábica foi cotada a R$ 275 e a do robusta a R$ 220. Mesmo com a pequena melhora, os preços continuam abaixo do custo de produção, que gira em torno de R$ 350. Segundo o secretário de Produção e Agroenergia (Spae), do Ministério da Agricultura, João Alberto Paixão Lages, o momento é de otimismo e recuperação para o setor.
– É um preço pouco abaixo do que se espera sobretudo no café arábica, mas como eu disse vem demonstrando algumas reações. Temos tido nos últimos dias uma pequena melhora. A tendência é de aumento nas cotações – projeta.
– É possível até que os preços cheguem ao nível dos leilões de opção e que o café nem precise ser entregue para o governo. É o suficiente, e acho que para o próximo ano, nós não precisamos de grandes medidas e que devagar o mercado se recupera por si só – avalia o analista de mercado, Luiz Otavio Araripe.
Apesar dos baixos preços em 2013 as exportações cresceram 10%, saltando de 28 milhões de sacas de café para 31 milhões. Para 2014, a expectativa é de que o volume seja ainda maior e que novos mercados sejam abertos.
– A Índia tem uma população enorme e não tem produção suficiente. O Brasil ainda não exporta para a Índia, mas muito em breve esse seja um mercado para se conquistar. O Brasil, depois de uma tendência secular de perder mercado de café, nos últimos dez anos nos recuperou e, hoje, nós representamos 32% da produção mundial – salienta Araripe.
O endividamento dos produtores, que cresceu no último ano, também foi discutido. Para os produtores, a resolução do Banco Central que permite a prorrogação das dividas por cinco anos, com pagamento a partir de julho de 2014, não é suficiente.