O chamado plástico verde será tema de uma das palestras do seminário. O diretor industrial da Braskem, Álvaro César, falará aos participantes sobre os processos inovadores adotados pela indústria brasileira para reduzir os impactos ao meio ambiente e gerar sustentabilidade.
Plástico
O polietileno (PE) e o polipropietileno (PP) são as principais matérias-primas para a produção de plásticos. Esses compostos têm como base, em sua maioria, o petróleo. O que poucos sabem é que o Brasil é o primeiro país a desenvolver polímeros a partir de matérias-primas 100% renováveis.
Em 2008, a Braskem, maior fabricante de resinas termoplásticas da América Latina, anunciou o polipropileno verde ou biopolietileno ? modo como o produto ficou conhecido. Produzido a partir do etanol da cana-de-açúcar, o composto colabora diretamente com a redução do efeito estufa e do aquecimento global.
Comparado com outros tipos de polímeros, produzidos a partir do petróleo, o PP possibilita maior redução dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera. De acordo com dados da Braskem, cada quilo de polietileno verde produzido captura e fixa 2,5 kg de CO² na atmosfera.
? A Braskem tem desenvolvido tecnologia para substituir o petróleo dentro da fabricação do PVC. Essa mudança quebra a dependência de uma fonte que é finita. Essa nova fonte, além de renovável, causa menos impacto ao meio ambiente ? diz o analista da Carteira da Indústria do Sebrae em Alagoas, Fernando Tenório.
Aplicação
A partir dessa nova tecnologia, é possível produzir todos os tipos de polietileno: PEAD (polietileno de alta densidade), PEBD (polietileno de baixa densidade), PEUAPM (polietileno de ultra-alto peso molecular) e PEBDL (polietileno de baixa densidade linear), com 100% de matéria-prima renovável.
Outra vantagem é que não há necessidade de investimentos na adaptação dos maquinários de indústrias de transformação.
No Brasil, o polímero verde já vem sendo testado em fábricas de automóveis, embalagens alimentícias, cosméticos, brinquedos, materiais de limpeza, entre outras.