Senado dos Estados Unidos aprova início de discussão da Farm Bill

Projeto de lei agrícola prevê o corte de US$ 23,6 bilhões em subsídios ao agronegócioO começo dos debates da lei agrícola dos Estados Unidos, a "Farm Bill", foi autorizado pelo Senado norte-americano na quinta passada, dia 7, por 90 votos a 8. A nova lei continua sendo muito popular tanto entre legisladores do Partido Democrata quanto do Partido Republicano, pois reduziria US$ 23,6 bilhões em subsídios e outros gastos públicos no período de 10 anos.

– Desempenhamos nosso papel junto aos contribuintes, reduzindo o déficit público e, ao mesmo tempo, fortalecendo e preservando os programas importantes para a agricultura e para a América rural – disse o senador Pat Roberts (Partido Republicano, Kansas).

Aqueles que são contrários ao projeto de lei, inclusive legisladores do Sul do país, dizem que a proposta não dará o apoio suficiente para produtores de arroz e amendoim, o que pode complicar sua aprovação. Mas a presidente do comitê de agricultura do Senado, Debbie Sabenow (Partido Democrata, Michigan), afirmou que haverá os votos necessários para obter um aprovação final.

De acordo com o senador John Boozman (Partido Republicano, Arkansas), a aprovação do projeto de lei do Senado deve acarretar em redução da capacidade estadunidense de produzir arroz. A moção aprovada na quinta permite que a liderança do Senado estabeleça um limite para a avaliação da Casa e evite algum procedimento de obstrução usado para atrasar os votos.

A Casa Branca emitiu um comunicado de apoio modesto à Farm Bill do Senado, dizendo que algumas mudanças precisam ser feitas antes que a votação final seja realizada. Uma das preocupações é que o projeto não reduza os subsídios do governo para seguros rurais.

A administração do presidente Barack Obama tem dito que seguradoras recebem demais de programas do governo e, em fevereiro, propôs reduzir os subsídios de bilhões de dólares. As companhias recebem um retorno de cerca de 14% sobre o investimento, mas esse valor deveria ser de 12%, de acordo com estudo do governo.

A proposta de corte da Casa Branca economizaria US$ 1,2 bilhão em gastos públicos em 10 anos. Outra redução, sobre despesas administrativas pagas para seguradoras, pouparia US$ 2,9 bilhões. Porém, a Farm Bill do Senado sugere aumentar as despesas do governo com seguros rurais em cerca de US$ 5 bilhões no mesmo intervalo.

A Casa Branca também frisou que não quer os cortes no Programa de Assistência Nutricional Suplementar, conhecido como vale-refeição. O projeto do Senado indica um corte de cerca de US$ 4,5 bilhões no programa.

Agência Estado