Segundo a senadora, o projeto pode ser votado nesta quinta, dia 28, na comissão e ser analisado em plenário na semana que vem. Por ser um projeto de decreto legislativo, depois de aprovado pelo Congresso, o texto não precisa ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff para entrar em vigor.
Mais cedo, Sarney afirmou que o Tratado de Itaipu entrou em vigor há muito tempo e necessita de revisão. Segundo ele, o Congresso brasileiro examina a proposta de triplicação do valor da energia repassado ao Paraguai.
? Dentro de um espírito de cooperação sem, contudo, deixar de perder de vista que Itaipu é uma usina construída quase que totalmente com recursos brasileiros.
José Sarney não acredita em qualquer ação parlamentar que inviabilize ou dificulte a aprovação do projeto. Segundo ele, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva negociou bem essa questão com os paraguaios. O senador ressalvou, porém, que há sempre uma reação contra qualquer concessão.
O presidente do Senado defendeu menos radicalismo no debate sobre a matéria. Para ele, é necessário que as autoridades brasileiras sejam “mais realistas” e percebam que o Brasil se encontra em um novo patamar internacional, o que inviabiliza que o país considere apenas os seus interesses em questões como a de Itaipu.
Os presidentes do Senado do Paraguai, Gonzáles Daher, e da Câmara, Victor Bogado, acompanhados de outros deputados e senadores, participaram da reunião com Sarney. Eles pediram que o Parlamento brasileiro acelerasse a análise do projeto.
? Cremos que é justo e estamos vendo que o Brasil tem demandado esforços para concretizar a proposta [negociada pelo então presidente Lula e pelo presidente do Paraguai, Fernando Lugo].
Daher afirmou ainda que o aumento dos recursos recebidos pela venda da energia produzida por Itaipu são importantes para concretizar investimentos sociais prioritários, especialmente nas áreas de saúde e educação.