Mozarido disse que a reserva vai beneficiar apenas uma pequena parcela de índios ligados ao Conselho Indígena de Roraima, que cchamou de “uma organização não-governamental corrupta”.
Segundo o parlamentar, será deixada de fora “grande maioria da população que reside no local há anos, incluindo os seus ascendentes, entre eles índios, filhos de mestiços, população ribeirinha e arrozeiros”.
? A área onde está localizada a reserva é de vital importância para a defesa nacional e a própria soberania do país ? alertou Mozarildo Cavalcanti.
O senador por Roraima pediu aos ministros do Supremo Tribunal Federal [STF, que julga ação contra a demarcação contínua do território] que meditem sobre a questão. O relator do processo, ministro Carlos Ayres Britto, já votou a favor da demarcação continua dos limites da reserva. Um pedido de vista adiou a votação da matéria, que deverá entrar na pauta do STF até o final do ano.
Ao fazer uma cronologia da fixação da reserva ? criada por meio de portaria, em 11 de dezembro de 1988 ? Mozarildo Cavalcanti notou que, ao longo dos anos, foram interpostas várias ações, muitas das quais aceitas na forma de liminar, suspendendo os efeitos da portaria que criou a reserva.